CULTURA INÚTIL
Em Atenas, na época de Alcebíades, o político considerado perigoso à segurança da pátria era submetido a uma espécie de plebiscito, onde os cidadãos livres eram chamados a uma votação para decidir se caberia o desterro político ao acusado. Para tanto, os cidadãos escreviam seus votos nas ‘ostrakas’, ou conchas, geralmente de ostras. Daí o nome de ostracismo para esse sistema grego de punição. Para que fosse lavrada a sentença condenatória era preciso que houvesse 6.000 votos . Tempos depois os atenienses aboliram tal sistema por conta de uma votação induzida, onde um cidadão de bem e de reconhecida honestidade pública viu-se condenado ao ostracismo (taí a quem nós puxamos).
Mais uma curiosidade: é sobre a expressão americana muita usada: O.K., equivalente a tudo certo, tudo bem. Deve-se a origem dessa expressão a um erro de ortografia do presidente americano Andrew Jackson, que apesar de jurista, diplomata e político, escrevia muito mal. Certa vez ele recebeu um relatório que deveria aprovar colocando as letras ‘A.C’, abreviatura clássica de ‘All Correct’, que quer dizer: Tudo em ordem. Como, porém, pronuncia-se ‘oll korrect’, o presidente escreveu as duas letras tal como soavam e como pronunciava ‘O.K.’ O Exército por pilhéria adotou-as. Com a ampliação do uso, tornou-se expressão consagrada.
Para não trocar as bolas, feito o presidente Jackson, estou tentando aprender a nossa língua, já sabendo eu que ela contém 80% de elementos latinos; 16% de elementos gregos e 4% de outras origens. Cerca de 10.000 verbos que pertencem à primeira conjugação; 500 da segunda e 450 da terceira. E que VIR é o único verbo que tem uma só forma no gerúndio e no particípio. Contudo, neste momento, uma dúvida me assalta: não sei ao ceto como se escreve xucro , se com X ou com CH. ALL CORRECT?