DIA DE PENSAR

Hoje é dia de pensar, para tanto tomei o caminho do meu pensatório, que me proporciona viajar mundo afora, mergulhar no espaço infinito e me deixar levar pela riqueza dos pensamentos de homens como François Sarcey, crítico literário e conferencista frances, que deixou dito: “ Estou na Terra. Ignoro absolutamente como aqui vim ter e como aqui fui lançado. Não ignoro menos como daqui sairei e o que de mim será quando daqui sair”. Ou então, de um outro frances de nome Léon Denis (1846/1927), que questiona já em sua época a educação considerada por ele como complicada que se dá aos jovens, pois não lhes esclarece o caminho da vida; não lhes dá a têmpera necessária para as lutas da existência, embora reconheça que o ensino clássico possa guiar no cultivo, no ornamento da inteligência, mas não inspira, entretanto, a ação, o amor, a dedicação. E vai mais fundo, afirmando: “Ainda menos obtém se faça uma concepção da vida e do destino que desenvolva as energias profundas do eu e nos oriente os impulsos e os esforços para um fim elevado. Essa concepção, no entanto, é indispensável a todo ser, a toda sociedade, porque é o sustentáculo, a consolação suprema nas horas difíceis”.

Observando os da minha geração, e os jovens de hoje, fico imaginando se as doutrinas de Nietzsche, de Shopenhauer, de Haeckel, o positivismo de Auguste Comte, o naturalismo de Hegel, o materialismo de Stuart Mill, o ecletismo de Cousin, são responsáveis, como afirma Léon Denis, pelo desanimo precoce e o pessimismo dissolvente de certas pessoas, levando-as a um ceticismo por vezes amargo e zombeteiro, parecendo que em nada mais crêem do que na riqueza, nada mais honram que o êxito.

Assim, dando expansão ao pensamento, para que ele não se confine em círculos estreitos , vou abrir a porta do meu pensatório e partir em busca de uma idéia para “salvar” a pátria, já que ela (A IDÉIA) é a mãe da ação.

PS: pedi ajuda a Léon Denis, consultando o seu livro: “O Problema do ser, do destino e da dor”, para escrever esta crônica).

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 21/01/2009
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