Buchismos nosso de cada dia

Terminou, ao contrário da era Dunga na Seleção, a era Bush. O presidente mais odiado do momento, a autoridade menos respeitada da atualidade, e a figura que mais inspira humoristas do mundo fez seu maior aliado dizer: “graças a Deus, o pesadelo acabou!”.

Mas, se buscarmos no fundo do baú, lá no fundo mesmo, encontraremos algo que nos assemelha com o maluco americano. Ou vai dizer que você nunca disse umas besteirinhas? Pois é. Falar besteiras agora é falar bushismos.

Isso mesmo! Bushismos. Os próprios americanos que mudaram o termo. A BBC de Londres percebeu a moda do país que eles ajudaram a fundar ou a afundar e selecionou alguns bushismos de seu inventor. “Eu sei que os seres humanos e os peixes podem coexistir pacificamente”, bushismou Bush em Saginaw, Michigan, em 2000. Será que ele previa o convite de Lula? Sei não, mas acho que nosso presidente pretende mandar seu ex-colega para as praias de Pernambuco.

Para bushismar você precisa ou ser Bush – graças a Deus só existe um -, ou ser um demente, ou ser coagido pelo seu adversário. “Não dou importância a coisas importantes sem importância”, disse, quer dizer, bushismou certo prefeito do interior da Bahia ao ser coagido pelo seu adversário quanto aos esgotos a céu aberto.

O melhor bushismo que eu ouvi até agora não foi de Bush, de nenhum político, muito menos de um demente, foi de um bêbado. Tentando nos fazer acreditar que direção e bebida não faz mal nenhum o pinguço declarou: “a bebida não faz ninguém perder a lucidez, são as barangas que levamos no carro”.

Antes que me esqueça. Bush, bushista, já foi tarde!

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