"AMARGA PREVISÃO"
Percorrendo corredores, bares do suburbio, becos de estradas perdidas de tanta poeira, se encontra tantos famintos de amor, de carinho, de vida.
Gente que se afoga em copos em busca de algo que nem eles sabem o que é.
Cobradores da alma se oferecem para serem libertados de ssa incomoda obrigação de cobrar desejos da alma.
Se machucando, violentando seus proprios ideais, gente se escravizando a uma sociedade hipocrita, podre, onde todos querem enxergar o proprio umbigo.
Conturbado momento quando queremos obter a mais ternura das aspirações, pobre instante de sonho onde tudo é fantasia, e as pessoas podres se tornam, obedientes a civilização imunda que o mundo lhe oferece.
Este é o presente, triste apagado, e ferido por sua propria culpa.
Nascido, vivido e morrendo ao encontro de alguma coisa.
Sons deliram mentes a procura de imagens, cicatrizes que a vida fez.
Voltando no começo, muitos rolam as bolas de fogo de sua existência, fazendo paineis de arco-iris, tentando assim diminuir a dor de ter que continuar.
Jogos que proibem a grande virada de mesa, amargo fim do que se sonhou com gosto de suavidade, dada pela ilusão de um carinho.
Previsões são feitas, amores arrancados dos corações, tentam chamar o sorriso,fazem de tudo pra negar as lagrimas, e deixar de lado os amores por conveniência, pisando firme em tudo que lembre o dia que passou.
E no final de mais um passeio por terras distantes, o poeta andarilho se depara com uma amarga previsão:
CAES VESTIDOS DE OURO, CAVALOS COM 200 KG DE RAÇÃO POR DIA, E AS PESSOAS MORRENDO DE FOME, APODRECENDO NA SARJETA DA HISTORIA.