Barack Obama e a crise
Todos os inexperientes em política mundial ficaram muito contentes com a eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos.
Sua vitória foi até mesmo vista como a vinda de um novo Messias, exagero sem limites. Segundo muitos comentaristas políticos, Obama pouco ou nada fez, quando senador por Illinois. Mas o problema não é este. Embora simpático e comunicativo, o novo Presidente dos Estados Unidos pouco poderá fazer do que toda a comunidade desesperançada espera.
Os EUA estão em recessão. O desemprego aumenta. Obama terá que concentrar suas forças nestes problemas norte-americanos. Os olhos para o mundo externo serão poucos, pois afinal o presidente tem que resolver os problemas do seu país, em primeiro lugar. Vai ter muito trabalho. Trabalho demais, cansativo, coerente, direto e prático.
Os norte-americanos dão nítidos sinais de queda. Empresas necessitando de auxílio, desemprego alcançando níveis que eram vistos em 1945, fato assustador. É evidente que isto preocupa. Uma nação rica passando por problemas graves pode gerar o "efeito dominó", carrega muitas consigo.
Interessante notar que alguns países podem sair altamente beneficiados. China, Índia, Rússia, Coréia do Sul e mesmo o Brasil, estão defendidos, na medida do possível, deste desastre econômico mundial. São produtivos, têm reservas e potencial para produzirem mais. É certo que isto nos auxilia muito, mas as nações pobres ficarão mais deficientes. Nada justifica esta desigualdade já existente, e que pode piorar muito.
Quando o Japão e muitos países da comunidade européia são atingidos, como está sendo o norte-americano, manda a prudência que todo cuidado é pouco. O mundo está precisando que os seus filósofos políticos repensem os atuais regimes, muito provavelmente caminhando para um socialismo muito democrata, com casas parlamentares livres, muito livres, e adotando, talvez, a figura do Primeiro-Ministro. Está havendo crise? A moção de desconfiança é levantada, o Legislativo manifesta-se e está afastado o perigo de comoção.
Tudo indica que o mundo vai sofrer grandes mudanças, para não sucumbir.