Solidão
Quando ainda somos jovens, vivemos rodeados de amigos, pais, irmãos,filhos…
Derrepente. Poucos nos restam.
Os pais nos disseram, adeus.
Os filhos casaram-se.
Os amigos mudaram-se
Os irmãos...
Todos de alguma forma foram-se
Hoje me sento todos os dias , na mesma esquina, na mesma mesa.
Peço o de sempre, não sinto vontade de experimentar novos pratos, almoço a SÓS.
Espero. Quem sabe alguém virá sentar-se comigo?
Se vier logo saberá da minha solidão
Falo sobre a chuva forte da noite passada, do final sem graça da novela, do começo escaldante da manhã.
Eu já tive uma casa, com crianças correndo, com todos falando ao mesmo tempo...
Ainda pergunto-me:
Onde está a minha casa, as minhas lembranças?
Muitas vezes precisei esperar todos dormirem, só então eu poderia ir ao banheiro chorar.
Hoje não preciso mais, posso chorar em qualquer lugar.
Ninguém tomará conhecimento.
Não há para quem contar, como dói este vazio.
Esta mesa ainda obriga-me a puxar a cadeira e sentar-me.
Por fim o cair da noite.
Os meus passos lentos.
Arrasto-me até a cama vazia.
Faço minhas preces:
-Deus, obrigada por tudo que já tive. Amem!
Apago a lúz do meu eterno companheiro abajur.
Amanhã pode alguém chegar.
E me levar de volta pra CASA!
Esta é a história das Marias, Carmens, Isoldas...
Que residem em cada canto da minha memória.
Esta é a solidão que me apavora.
foto por. Alanée Rodrigues
Quando ainda somos jovens, vivemos rodeados de amigos, pais, irmãos,filhos…
Derrepente. Poucos nos restam.
Os pais nos disseram, adeus.
Os filhos casaram-se.
Os amigos mudaram-se
Os irmãos...
Todos de alguma forma foram-se
Hoje me sento todos os dias , na mesma esquina, na mesma mesa.
Peço o de sempre, não sinto vontade de experimentar novos pratos, almoço a SÓS.
Espero. Quem sabe alguém virá sentar-se comigo?
Se vier logo saberá da minha solidão
Falo sobre a chuva forte da noite passada, do final sem graça da novela, do começo escaldante da manhã.
Eu já tive uma casa, com crianças correndo, com todos falando ao mesmo tempo...
Ainda pergunto-me:
Onde está a minha casa, as minhas lembranças?
Muitas vezes precisei esperar todos dormirem, só então eu poderia ir ao banheiro chorar.
Hoje não preciso mais, posso chorar em qualquer lugar.
Ninguém tomará conhecimento.
Não há para quem contar, como dói este vazio.
Esta mesa ainda obriga-me a puxar a cadeira e sentar-me.
Por fim o cair da noite.
Os meus passos lentos.
Arrasto-me até a cama vazia.
Faço minhas preces:
-Deus, obrigada por tudo que já tive. Amem!
Apago a lúz do meu eterno companheiro abajur.
Amanhã pode alguém chegar.
E me levar de volta pra CASA!
Esta é a história das Marias, Carmens, Isoldas...
Que residem em cada canto da minha memória.
Esta é a solidão que me apavora.
foto por. Alanée Rodrigues