A moda da nova geraçao

A moda agora é engravidar. Engravidar tudo e todos. Este é um apelo que a nossa sociedade faz às meninas de hoje. Só que esta triste realidade (depois de nove meses) já faz parte da nossa história há muito tempo.

Não me venha dizer que seus avós não gostam da “coisa”, sabe do que estou escrevendo, daquilo que todos, ou quase todos, gostam. Sim, daquilo que se não existisse você não estaria lendo isso agora. Pois eles são os inventores dessa moda de fazer filhos. Mas é claro, o que se faz em casa sem uma televisão? Nada mais, nada menos do que o intercurso sexual. Praticado pelos seus avós nos milharais, cafezais, e quaisquer outros “ais” que existam nos sítios. Aí esse costume passou para seus pais que agora vai passar, se já não passou, para você meu caro leitor. Entretanto fique atento aos efeitos colaterais pós-parto, que não prejudicam somente a sua companheira, mas também a você e seus sogros (porque na altura deste campeonato você já foi expulso de casa).

A única coisa que mudou de lá pra cá foram os preços das coisas, porque a idade, o motivo, os problemas são todos os mesmos. Fraldas, leite, fraldas, mamadeiras, fraldas e fraldas para se comprar. O lar torna-se mais complicado, pois se discute a todo o momento. Há discussão para quem vai levantar, quem vai trocar a fralda, quem vai amamentar, que nome dar a criatura, que já é “carinhosamente” apelidada assim depois de duas semanas de existência.

Quanto aos nomes, muito simples. Escolhe-se uma letra e coloca-se no nome dos filhos. Por exemplo, a letra “m”. Assim todos seus filhos (que não serão poucos) começam o nome com a letra ‘m’. Maria, Marcos, Marcelo, Marialva, Manduca. Quando se esgotam os nomes começa-se então a colocar os compostos, tais como, Marcos Aurélio, Menerval Aparecido, Maria Terezinha. No caso das Marias há um apego muito grande às santas. Maria das Graças, Maria das Dores, Maria da Conceição, Maria das Marias, e assim vai. Isso quando não escolhem nomes de pessoas famosas, John Lenon, Brad Pitti, Michael Jackson, Rony Von.

Depois vem a casa. Normalmente se hospedam na da sogra. Porque o pai é um garotão que reprovou duas vezes o segundo ano do ensino médio e não tem condições de comprar uma casa nova. Vem sempre com o mesmo papo – é só por alguns meses até eu conseguir um emprego – e esses meses duram anos e anos até virarem uma meia-água nos fundos da casa da sogra.

Mas essa é a vida de todos nós, ou da maior parcela de jovens. Portanto ao terminar de ler esta crônica se não tiver nada para fazer, tente um filho então!

Eduardo Costta
Enviado por Eduardo Costta em 17/01/2009
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