ESTUDAR PARA QUÊ?
O meu nome é o que menos importa.
Sei de algumas pessoas que, em raríssimos casos, se “deram bem” sem estudar. Seus nomes também não vêm ao caso, pois não devem servir de referência a ninguém.
Desde minha infância, eu recordo o quanto era avesso aos estudos.
Minha mãe, professora, trabalhando em dois períodos, ficava desesperada comigo.
Não podia admitir que ao ensinar tantas crianças, pouco conseguisse em relação a mim:
- Ah! Santo de casa não faz milagres mesmo!
E aquelas regras inúteis, eu não as queria memorizar, nem morto!
Houve uma professora excepcional, fazendo hora extra, que conseguiu alfabetizar minha turma quase toda em menos de três meses... Isso foi somente o início.
Existia ainda alguém centrado que nunca afastou seu foco de mim. Era minha avó.
Eu ficava em casa dela após a escola, para que minha mãe pudesse trabalhar...
Vovó mal sabia ler ou escreve, mas possuía uma visão muito acurada das circunstâncias.
Pagava para mim uma explicadora e minha mãe dizia: - Que absurdo, eu sou professora!
Todos os docentes reconheciam que eu tinha inteligência acima da média, mas...
Ao terminar o curso fundamental minha mãe falou: - Agora lavo minhas mãos, prossiga os estudos, se desejar!
Mas minha avó estava de olho em mim!
Convenceu-me a fazer o curso médio para que eu tivesse oportunidades na vida... E eu fiz!
Depois, aconselhou-me a ir cursar uma faculdade... E eu fui.
Hoje, graças a ela, tenho várias perspectivas e sou publicitário de sucesso.
Quando encontro meus antigos professores, eles admiram-se de eu ter continuar os estudos e estar fazendo curso de pós-graduação.
Foi graças à minha avó, criatura maravilhosa, que me estimulou e principalmente, deu-me a direção que eu precisava e por isso estou dando este depoimento.
Ela acreditou e apostou em mim, fazendo-me ver o valor dos estudos e mostrou-me o quanto o estudo é importante e, no entanto, mal sabia ler...
Obrigada, minha avó, por dar-me o incentivo e a força necessários para eu tornar-me um profissional atuante e bem sucedido!