Amor intocável
Águida Hettwer
Viver com intensidade, não está relacionado a mascarar a dor, ou fingir sonhos em pesadelos. Ouve-se sobre as guerras espalhadas no mundo, da fome incrustada na barriga, de corpos estendidos pelo chão. E as batalhas trancafiadas em nossas casas, quem se preocupa com elas. Talvez por que essas guerras entre famílias, sejam discretas, fecha-se a porta para que os vizinhos não ouçam o estardalhaço não menos destruidor que nos assola. Há conflitos de idéias entre pais e filhos. O amor está embaçado nos vidros sujos, e nem a chuva colaborou limpando a vidraça, para que se veja com clareza o mundo lá fora. Tantos jovens caminhando sem rumo, e no caminho tortuoso das drogas encontram partilha. Em que parte do manual, não entendemos a frase, há muitos pontos de interrogação pedindo passagem. Será que no “nosso tempo” era diferente. Talvez não tivéssemos a evolução digital a nossa frente, mas os conflitos existiam e não eram muito diferentes. Aquele amor de pais e filhos que eram intocáveis, onde anda! Viver num casulo, não significa que estamos a salvos. Muitas vezes passar por situações melindrosas nos torna pessoas com capacidade de “escolhas”. Com discernimento do certo e do errado. Proteção demais, anula a personalidade, deixando amostra uma história de vida sem marcas para lembranças. Sem choro, para que secamos as lágrimas, sem vida para ser contada aos filhos dos filhos. São nos erros cometidos que aprendemos o valor de “recomeçar” tantas vezes quanto necessário. A própria vida é uma grande escola, onde pais e filhos têm muito que partilhar e aprender.
16.01.2009
Águida Hettwer
Viver com intensidade, não está relacionado a mascarar a dor, ou fingir sonhos em pesadelos. Ouve-se sobre as guerras espalhadas no mundo, da fome incrustada na barriga, de corpos estendidos pelo chão. E as batalhas trancafiadas em nossas casas, quem se preocupa com elas. Talvez por que essas guerras entre famílias, sejam discretas, fecha-se a porta para que os vizinhos não ouçam o estardalhaço não menos destruidor que nos assola. Há conflitos de idéias entre pais e filhos. O amor está embaçado nos vidros sujos, e nem a chuva colaborou limpando a vidraça, para que se veja com clareza o mundo lá fora. Tantos jovens caminhando sem rumo, e no caminho tortuoso das drogas encontram partilha. Em que parte do manual, não entendemos a frase, há muitos pontos de interrogação pedindo passagem. Será que no “nosso tempo” era diferente. Talvez não tivéssemos a evolução digital a nossa frente, mas os conflitos existiam e não eram muito diferentes. Aquele amor de pais e filhos que eram intocáveis, onde anda! Viver num casulo, não significa que estamos a salvos. Muitas vezes passar por situações melindrosas nos torna pessoas com capacidade de “escolhas”. Com discernimento do certo e do errado. Proteção demais, anula a personalidade, deixando amostra uma história de vida sem marcas para lembranças. Sem choro, para que secamos as lágrimas, sem vida para ser contada aos filhos dos filhos. São nos erros cometidos que aprendemos o valor de “recomeçar” tantas vezes quanto necessário. A própria vida é uma grande escola, onde pais e filhos têm muito que partilhar e aprender.
16.01.2009