Vida
Ainda não vi a lista dos passageiros nem as histórias familiares ou as fotos dos filhos radiantes por terem seus pais de volta ou dos pais sorridentes e aliviados por receberem os filhos renascidos. Da esposa ou do marido agradecendo a Deus.Talvez sejam publicadas imagens dos abraços de agradecimento aos pilotos ou das homenagens que se farão a eles. Talvez nem isso, pois alegria geralmente não é notícia.
O apresentador de um programa sensacionalista que estava transmitindo ao vivo procurava de qualquer forma encontrar o sentido do seu programa. Falava em provável hipotermia, na possibilidade de que o avião afundasse, no fato de que se via boiando nas águas do rio coletes salva-vidas. Ele mal disfarçava que estava torcendo pelos leões naquela arena.
Mas não quero acreditar que sejamos todos assim.
Tenho absoluta certeza de que há muito mais gente que, ao ver um acidente na rua tenta ajudar de alguma maneira, chamando por socorro especializado ou tomando alguma iniciativa do que os pouquíssimos que só querem ver prá depois ter uma história prá contar, incluindo até o número de lençois estendidos.
Acredito que quase todos ficaram muito mais felizes ontem, assim como eu, mesmo que só por alguns momentos. A vida merece ser celebrada.
O meu amigo Raffert já me chamou de Don Quixote, aquele. Que seja.
Ainda não vi a lista dos passageiros nem as histórias familiares ou as fotos dos filhos radiantes por terem seus pais de volta ou dos pais sorridentes e aliviados por receberem os filhos renascidos. Da esposa ou do marido agradecendo a Deus.Talvez sejam publicadas imagens dos abraços de agradecimento aos pilotos ou das homenagens que se farão a eles. Talvez nem isso, pois alegria geralmente não é notícia.
O apresentador de um programa sensacionalista que estava transmitindo ao vivo procurava de qualquer forma encontrar o sentido do seu programa. Falava em provável hipotermia, na possibilidade de que o avião afundasse, no fato de que se via boiando nas águas do rio coletes salva-vidas. Ele mal disfarçava que estava torcendo pelos leões naquela arena.
Mas não quero acreditar que sejamos todos assim.
Tenho absoluta certeza de que há muito mais gente que, ao ver um acidente na rua tenta ajudar de alguma maneira, chamando por socorro especializado ou tomando alguma iniciativa do que os pouquíssimos que só querem ver prá depois ter uma história prá contar, incluindo até o número de lençois estendidos.
Acredito que quase todos ficaram muito mais felizes ontem, assim como eu, mesmo que só por alguns momentos. A vida merece ser celebrada.
O meu amigo Raffert já me chamou de Don Quixote, aquele. Que seja.