BBB do BBB
Como diz o ditado: um é bom, dois é melhor... nove já é mais do que demais! Mas o negócio é o seguinte: podemos estar cansados de assitir, podemos saber que é injusto o programa, mas mesmo assim queremos estar por dentro de tudo. Você sabe o nome dos brothers, quem está no paredão, quem ficou com quem, enfim, é igual novela, pode não assistir, mas pára para ler a capa da revista. O Brasil pára em dia de paredão, quase é declarado feriado. O assunto não é outro senão "quem é que vai sair?'' Assim é na casa dos Santos. Pai, mãe, filha, genro, cunhado, papagaio, periquito, cachorro, todos sentados esperando o programa começar. Estão há três meses acompanhando tudo o que rola, que já estão íntimos dos participantes. Cada um na sala tem o seu preferido, e quer ver a briga rolar a solta, é quando alguem contraria o pai, aí, como ele mesmo diz, o bicho come o pau. Estoura-se pipoca, compra-se champagne, votam na internet, enviam sms, ligam a qualquer hora, a qualquer momento. O silêncio é sagrado na sala de estar. O programa começa, nenhum piu! Falou, apanhou. E depois de intermináveis uma hora e trinta minutos, com a bunda quadrada, finalmente chega o resultado, mas só depois do intervalo. O participante do pai que ganhou. Que alegria, festa, comemoração, sorrisos. Só até o pronunciamento do chefe da casa, "Nossa, que maravilha ele ganhou 1 milhão de reais, ótimo, agora vamos dormir porque amanhã tem que trabalhar".