JÁ OUVIU FALAR EM JEAN DE LA BRUYÈRE?
Alguém já ouviu falar em Jean De La Bruyère? Viveu no século XVII, nasceu em Paris em 1645 e faleceu em Versalhes em 1695 e quase nada se sabe de sua vida. Escreveu um livro interessante tomando por base os Caracteres do filósofo grego Teofrasto (372-288 a.C), livro esse publicado em 1688 e que também tem o título de Caracteres ou Costumes Deste Século. O Livro de La Bruyère é diverso mas pode haver convergência com os tais livros de auto-ajuda de nossos dias, baseados que são na sabedoria popular, na filosofia exótica dos povos, enfim, procuram orientar os que vivem um pouco sem rumo na busca de um porto seguro. Como observador da corte francesa, La Bruyère traçou o perfil e o comportamento social, psicológico e religioso das personagens que viviam nas cortes, nos postos de governo, nos locais públicos de Paris do século XVII. Vejamos que o tal do La Bruyère diz a respeito ...
DAS OBRAS DO ESPIRITO:
“Deve-se procurar somente pensar e falar com acerto, sem querer sujeitar os outros a nossa gosto e a nossos sentimentos. É uma empresa demasiado grande.
Escrever um livro é praticar um ofício, como fazer um relógio: não basta o espírito para ser autor. Um magistrado galgava por seu mérito a mais alta dignidade: Era um homem desembaraçado e prático em seus negócios. Publicou uma obra sobre moral que se tornou rara pelo ridículo.
Não é tão fácil conseguir fama publicando uma obra perfeita, mais fácil é ter sucesso com uma obra medíocre pelo nome que o autor já alcançou.
DO MÉRITO PESSOAL:
Quem, mesmo com o mais raro talento e o mérito mais elevado, não estará convencido de sua utilidade, pensando que ao morrer deixa um mundo que não sente sua perda e em que há tanta gente para o substituir?
DO CORAÇÃO:
O amor que nasce inesperadamente é o que mais custa a curar
Estar com pessoas que amamos é o que basta; sonhar, falar com elas, ficar calado, pensar nelas, pensar em coisa diferentes, mas perto delas, é quanto basta.
DOS ESPIRITOS FORTES:
Quem pretende se declarar espírito forte deve examinar-s e estudar-se bem antes de fazê-lo, de modo a morrer segundo os princípios em que viveu; não havendo força para ir tão longe, o melhor é viver como se quer morrer.
Isto é um pouco do senhor La Bruyère, depois conto mais...