Apenas uma companhia!

Quando a solidão bate a porta, ela exprime na fechadura e insisti tanto que acaba entrando. Olhei para o telefone que não toca há dias. O controle da Televisão funciona sozinho ao trocar de canal. Peguei o carro e saí sem rumo em uma noite quente de sábado. Os barzinhos estavam lotados, casais apaixonados conversavam. Olho para o banco do passageiro e continuava vazio. Peguei o celular, ia ligar para ex-namorada, mais a ex não era uma companhia, mais sim, uma adversária de uma disputa que duraram 3 anos. Mais adiante havia uma fachada vermelha piscando, dei seta para entrar, porém mudei de idéia. Pagar pela companhia de uma mulher era fora dos meus princípios e humilhante para qualquer homem que se preza. Continuei em baixa velocidade esperando os faróis fechar para demorar mais minha andança pela cidade, observava os carros passando apressadamente, não entendia o porquê de tanta pressa se corremos para ficar mais tempo parado no mesmo lugar! Sentei no sofá da sala e fiquei a imaginar, quantas pessoas estavam agora procurando a mesma coisa que eu. A sirene da campainha toca, ao abrir a porta deparo com minha vizinha.

- Tem açúcar?

Timidamente eu resmunguei: - Se não tiver, eu arrumo! Sente que vou buscar. Fui em direção a cozinha pensando, não precisava ter rodado a cidade toda, bastava ter ido ao apartamento ao lado, por que ali havia uma pessoa procurando a mesma coisa que eu... Apenas uma companhia...

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Osvaldo Valério
Enviado por Osvaldo Valério em 13/01/2009
Reeditado em 13/01/2009
Código do texto: T1382830
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