Noite Melancólica
Um questionamento perdura em sua inúbia e inquestionável mente, na mesma em que transitam pensamentos surreais e magistrais. Depois que conheceu-a, naquela noite em que bebia algo forte em um copo redondo e fumava sem parar. Naquela noite em que tudo parecia perdido, em que afundou-se sob as dívidas da vida. Seus pensamentos eram negros, era a morte, a fuga.
Conheceu-a com os mesmos olhos que a vêem hoje, o mesmo sorriso em que lhe sorri dentes sinceros de poesia, com os mesmos braços que acariciam e mãos que tocam.
Um vento sopra frio e no céu brilham as estrelas, sua menina, como costuma chamar, loira angelical com olhos puros e sinceros, está longe, a quilômetros e quilômetros de distância, está confuso, um medo do incerto lhe vem. Num papel qualquer rabisca alguns versos, soltos e perdidos, para sua amada, que longe está.