Muda 2009, já é hora

Devemos iniciar 2009 com o pé direito firme e bem pousado no solo em que pisarmos. O que cruzamos inseguros em 2008 que fique habitando apenas o passado dessaudoso. Agora é hora de mudarmos para melhor, esquecendo o que puder ser esquecido. Bola para a frente!

Cascavilhando o ano que passou, viajamos de Al Capone a quem? Os gângsteres foram implacavelmente insaciáveis. Não sei como não faltou munição às armas desses monstros, matadores frios, seres impiedosos, almas sem Deus. O luto de tantos ainda ressoa a produzir lágrimas lamentadoras. A crueldade achou farta arena para agir. O crime, organizado ou não, encontrou as deficiências do Estado e o sono da lei e cresceu miseravelmente assustando e destruindo parte da sociedade. Foi longe demais e vitimou muita gente. Tomara, meu Deus, que 2009 chegue e viva na plenitude da paz e da harmonia entre os homens. A sociedade não suporta mais tanta dor, tanta perversidade.

Muitos falaram acerca da importância da Educação para nossos jovens. Sabemos que ela é a arma capaz de mudar o corpo e a alma de um povo e redistribuir valores morais, éticos, sociais dentro de qualquer sociedade livre. Mas, ao que parece, o Estado não ofertou o financiamento necessário e requerido pelos técnicos especializados nessa área e os investimentos foram parcos, assumindo, em certos casos, ares de desleixo e deseducação. E ainda acham ruim quando a mídia rotula esse tipo de comportamento como sendo caso de polícia.

A polícia repressora não imagina o quanto ser-nos-ia melhor se a educação fosse efetivada através de ações concretas nas ruas e nos lares. A marginalidade está sendo apenas punida ao invés de ressocializada decentemente. Que o Estado recrie um olhar novo e mais decente sobre os presídios e evite, de uma vez por todas, prender multidões e assim possibilitar que quadrilhas nasçam e prosperem no próprio ambiente prisional, comprovadamente impróprio para esse fim esperado. Cadeias novas são requeridas, onde o preso receba a chance de educar-se e aculturar-se. O presídio não poderá fomentar o crime. Separar o joio do trigo é excelente conduta; o trigo se colhe e se consome; o joio se arranca e joga fora. O Estado tem a obrigação de organizar essa realidade, de forma a dar-lhe cara nova, frutos desejados e, portanto, uma sociedade bem diferente desta que temos vivenciado. Ou mudamos rapidamente ou será tarde demais qualquer remédio. Estamos diante de um doente moribundo e de uma doença deveras perigosa.

A distância entre o desejado por nós e a realidade depende, na maioria das vezes, do tamanho de nossas vontades. Se o Estado arquitetar uma nova vontade política, certamente esse sonho tornar-se-á realidade. Cremos, queremos e podemos viver essas mudanças. Assim como Obama, “´Yes, we can” sim, nós podemos.