VELHAS LEMBRANÇAS!
Por onde andarão minhas amigas de infância e adolescência? Todas as que fizeram parte de minha vida e que hoje não passam de lembranças perdidas no tempo, tanto quanto desbotado, que me custa juntar todos os pontos para que se forme uma imagem clara em minha memória, ao longo desta vida, que de surpresas nos bastam.
Luzia – a filha de Seu Chico ferreiro – cantava comigo na banda de João Santana, onde meu saudoso irmão Robertinho, o “Roy”, tocava sax alto.
Cidinha Janones – outra “Crooner” (era, na época, o nome que se dava aos vocalistas) da Banda e minha melhor amiga, apesar de ser uns três anos mais jovem que, na idade em que a gente estava, fazia muita diferença. Já a procurei por toda a Internet, sem o menor sucesso! – Como alguém, nos dias de hoje, pode ter o seu nome fora desse mundo dos internautas?
Luiz – o meu primo! Quem não teve um primo pelo qual se apaixonou? Era meu companheiro constante nos bailinhos da escola, dançávamos colados, ele sempre carinhoso, e, muitas vezes, eu chegava a “sentir” a sua empolgação, apertando as minhas coxas. Tinha um ciúme louco de mim e não permitia que nenhum dos garotos me tirasse para dançar. Não chegamos a namorar, mas “ficávamos”. Já existia, naquele tempo, mas com outro nome, certamente. Não me lembro! O Luiz, bem que merece um capítulo especial – e terá - em meu Livro de memórias!
Paulinho – Ah! O Paulinho... meu primeiro namorado que, realmente me conquistou, mas meu pai nos vigiava o tempo todo para não passarmos dos limites. Tem graça? Depois vim a descobrir que o infeliz namorou também a minha irmã! Se passaram dos limites, ela não me disse.
Osvaldo – este sim. Não houve rédeas que nos segurassem. Foi o meu primeiro beijo, aos dezesseis anos de idade! É, naquela época, era muito mais tarde que as coisas aconteciam, salvo raras exceções. Lembro-me que ele me beijou no quintal de sua casa e eu fiquei tão vermelha e encalorada, que saí correndo, quebrando o milharal!
Benicinho – amigo querido que me acolheu nos meus primeiros dias aqui na cidade grande e que insistia, todos os dias, para que eu retornasse ao nosso pequeno vilarejo, pois eu não iria me acostumar à vida da metrópole! Ele estava redondamente enganado.
Aquela família que deu às filhas nomes de gente famosa da época: Hebe Camargo, Nora Ney, Grace Kelly e... Esqueci-me do outro nome! Pudera! Muito tempo se passou.
Vera Reis – a Verinha – eu já morava aqui na Capital, dividíamos apartamento, ela cursava Psicologia, mas em outra Universidade diferente da minha e da qual nunca mais soube notícias. Vasculhei a Internet, também e não consegui encontrá-la. Verinhaaaaa! Onde você está?
Ah! São tantos os amigos que fizeram parte de minha história de vida, que, de alguns, nem me lembro mais os nomes! Contudo, eles estão presentes, bem lá no fundo de minhas lembranças e de vez em quando a saudade aperta – não necessariamente deles, mas daqueles tempos que não voltam mais! E que não faço a menor questão que voltem, pois foram tempos duros, apesar da minha juventude.
Mas foi um período vivido com todos os ingredientes de uma vivência normal e são boas lembranças que guardo. Valeu cada minuto vivido!