Fazer amor - Frei do Colégio Santo Agostinho
Não existe idade nem tempo para o amor, pois saber amar é uma aptidão. O amor não aceita o egoísmo, vaidade, desconfiança, ciúmes, indiferença.
Saber amar é doar-se! Qual é o motivo de duas pessoas medirem força pelos atos compartilhados?
Paixão, beleza, mocidade acabam como o vento, como as chuvas de verão.
Os anos passam... O tempo passa...
Mas o amor, o verdadeiro amor, permanece!
A idéia de família harmônica não reside no ideal de “família perfeita”, e sim no compromisso que o casal fez para dar o melhor de si no cuidado e na educação de seus filhos, além de criar um espaço para reflexão, diálogo e acolhimento de todos.
Quando só um realizou durante vários anos o compromisso contínuo com o lar não possuirá intenção de dividir os louros com o que foi descuidado.
Envelhecer juntos é convívio cordial e prestimoso nas fases difíceis da família vividas pelo casal, compartilhando as emoções, sentimentos, em diálogos abertos e sinceros.
Saber amar implica em abrir o coração sem medo do futuro, da perda, do retorno. Saber amar é desejar a felicidade do outro tanto quanto a sua própria.
Saber amar ao outro é saber amar a si mesmo.
Quer algo mais belo do que um casal que consegue envelhecer juntos se amando? Alegria do dever cumprido da vitória sobre as lutas, palavras, atitudes sobre os sofrimentos superaram todos os problemas que a vida em comum lhes foi formulando.
Atributos como o amor, sabedoria, amadurecimento obtiveram vitória oferecendo-lhes na velhice a união, o respeito e admiração dos filhos, e. a tão almejada Paz!
Sem luta, não pode haver paz. Há uma história e hoje o casal onde colhe os frutos de uma árvore que foi plantada há muitos anos.
Texto de um Frei do Colégio Santo Agostinho
Fazer amor é coisa séria demais... Não basta um corpo e outro corpo, misturados num desejo insosso, desses que dão feita fome trivial, nascida da gula descuidada, aplacada sem zelo, sem composturas, sem respeito, atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma, uma alma tateando outra alma, desvendando véus, descobrindo profundezas, penetrando nos escondidos, sem pressa, com delicadeza... Porque alma tem tessitura de cristal, deve ser tocada nas levezas, apalpada com amaciamentos... Até que o corpo descubra cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece é que o ato de amor começa. As mãos deslizam sobre as curvas, como se tocando nuvens, a boca vai acordando e retirando gostos, provando os sabores, bebendo a seiva que jorra das nascentes escorrendo em dons, é o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição!!! É nascer de novo: no abraço que aperta sem sufocamentos, no beijo que cala a sede gritante, na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar, vale gemer... Vale gritar, porque aí já se chegou ao paraíso e qualquer som há de sair melódico e afinado, seja grave, agudo, pianinho... Há de ser sempre o acorde faltante quando amantes iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram, almas matizaram... Fez-se o Êxtase! É o instante da Paz...
É a escritura da serenidade! E os amantes em assunção pisam eternidades!!!
Não é mesmo??? Uma LINDA tarde prá VOCÊ!!!!!
Essa é a verdadeira expressão do amor, a forma que deveríamos nos sentir ao fazer amor!!!
Vamos então nos avaliar, rever nossos relacionamentos e nossos parceiros.
Por que tem, realmente, que valer a pena se doar.