MOÇO
MOÇO
Vêm depositar no meu colo fêmeo,
Tuas ânsias de moço perverso,
Que debulham do íntimo as cascatas volúveis de teu ego macho
Submisso à fêmea que te seduz e te consome na voracidade
Entre lençóis amarrotados e úmidos do gozo misturando no suor e lagrima do prazer mútuo.
Moço Cali ente, saliente e perversamente exótico,
Sendo menino, violeiro, cantador, porém, conduz na canção á atrocidade de valente,
Imponente, dominador, sendo caçado pelo cheiro e gosto do macho no cio
E na volúpia encarnação da fogosa mulher á debochar saliente, de tuas carnes que não segue teu comando
e domínio raciocinado e cresce no desejo de possuí-la
Covardemente como lobo no cio umedecido no tempo de espera e ataque.
Moço Cali ente, de viola na Mão,
Paixão no coração cantador explode de fúria no êxtase de momentos enfurecidos
Onde a carne perversa comanda o cérebro á jorra cascatas grossas sobre a fêmea trepida
À longa sensação de espera estirada na esteira de taboa
Em meio á canções do violeiro cantador de boemias, sussurrando pelos poros o gosto e desejo
De debochar da mulher e deitar nas carnes fêmeas todo o prazer cobiçado.
Moço cantador, no silencio e mistério, de musicas e poemas,
Entre dunas e cascatas do mar e florestas, cativas sem saber, a loba que o possui no Íntimo
Nas fogosas noites de verão, dominando ao céu do prazer mutuo
Jamais vivido entre as carnes da fêmea sedutora, possuindo-o todas as horas na solidão do seu quarto
Suavizado pelas ondas do mar, no uivo do lobo, enquanto o violeiro cantador, andarilho de colchões e coxas grossas
De mulheres perversas e dominadas pelo prazer secreto e místico!
Moço Cali ente, saído do sonho, arrancado da entranhas da terra de mar, onde só nasce e arranca os grandes sonhadores: cantadores e poetas!
Com muito carinho e respeito ao amigo e colega de trabalho: Dr. Ary Peçanha