Tolerância zero...é diet?

Vivemos numa época onde vejo todo mundo reclamar da falta de emprego, mas, na verdade, sofremos é com a falta de pessoas especializadas, de bons funcionários, de colaboradores que vistam a camisa da empresa, que centrem o foco (não fogo) no cliente.

É comum você entrar numa loja e ouvir o atendente perguntar: - Deseja alguma coisa?

Dá uma vontade de dizer: -Não, entrei para ver se tem banheiro!!!

Parece que ele faz a pergunta desejando imensamente que você diga não para que ele continue sem fazer nada.

Tem aqueles que te fazem sentir invisível, você entra na loja e ele ou ela estão ao telefone, perfeitamente acomodados e nem olham para a gente, ignoram totalmente a nossa presença, me sinto um fantasma (como em Ghost, mas sem a Demi Moore...infelizmente) até que canso de ficar vagando nas ‘’trevas’’ da loja e vou embora sem atrapalhar a ligação do trabalhador.

São perguntas redundantes, bobas, muitas vezes imbecis justamente por falta de treinamento, de cursos que ensinem como melhor atender o seu cliente, de como conquistá-lo com inteligência e sutileza.

O pior é que esse ‘’fenômeno’’, se é que pode se chamar assim, está acontecendo em todas as áreas, sejam comerciais ou industriais, é um mal que assola nosso país tornando-se uma pedra no caminho dos empresários que planejam expandir seus negócios.

Outro dia no pedágio o atendente, com cara de poucos amigos e mal-humorado, olhou para mim e disse: - R$ 12,40! Assim...na lata.

Deu vontade de tirar a chave do carro, entregar a ele e dizer: Negócio fechado... é teu!!!!

(Claro que a brasília amarela não valia isso...mais vai que ele topa...).

Por que agendar , visita ou reunião, se nos deixam na sala de espera com a bunda quadrada lendo revistas do século passado (numa delas eu vi a foto da Hebe debutando)e viciados em cafeína. Depois vem com mil desculpas e com a maior cara de tacho perguntam: Você já tomou café? Quer um?(ai que vontade de vomitar...)

Outro dia liguei para uma empresa fabricante de ponte rolante para pedir uma cotação do equipamento e, claro, dei todas as especificações técnicas da ponte que eu precisava, quando disse que ela deveria elevar uma caçamba com 15 toneladas de produtos a 7 metros de altura ela queria saber qual era o produto, eu não agüentei e perguntei: - Por quê? Se for 15 toneladas de algodão é mais barato?

Gente é um despreparo absurdo e tudo em nome das ‘’normas da empresa’’.

É como aquela historinha da pessoa que chega num armazém e pede um quilo de alpiste e o balconista exige que o cliente traga o passarinho para ele poder vender, depois ele pede um quilo de milho e novamente o funcionário exige ver a galinha para entregar o milho, passado algum tempo o cliente volta com um saco escuro e gentilmente solicita que o balconista coloque a mão lá dentro, então, logo após diz: -Por favor me venda dois rolos de papel higiênico!!

Wilson Silvério