GAZA - EU NÃO ENTENDO!
Os combates na Cidade de Gaza, no Oriente Médio, são cada vez mais intensos e a quantidade de vítimas aumenta numa progressão assustadora. Israelenses de um lado, os palestinos e o Hamas do outro, cada um com a sua justificativa e seus motivos para a guerra sanguinária.
Não sou nenhum especialista em Oriente Médio e, por isso mesmo, não vou tecer comentários sobre o que não tenho pleno conhecimento.
A imprensa divulga um cessar fogo de três horas ditado por Israel para que possa se processar a ajuda humanitária. Algumas vezes também as fronteiras são liberadas para a entrada de veículos com mantimentos fornecidos ao sofrido povo daquela região do mundo.
E depois, tudo volta ao “normal”, com os combates se intensificando, o Hamas lançando mísseis contra cidades de Israel, e este respondendo com violentos ataques aéreos de uma precisão ímpar. Ou Israel atacando e o Hamas respondendo; a ordem dos fatores não altera a desgraça que se abate por ali.
Quando eu digo no título deste texto que não entendo, refiro-me a essa trégua ou cessar fogo de três horas, como se tudo que está acontecendo fosse algo muito natural para a humanidade. Trata-se a situação e os próprios seres humanos como se tudo não passasse de um simples e divertido jogo de dois tempos, como o futebol, por exemplo.
Temos o primeiro tempo, depois um breve intervalo até que recomeça o segundo tempo da disputa. Simples, muito simples.
Sabemos que até nas guerras deve existir o tal código de ética, inclusive com a proibição de determinados tipos de armas (as químicas, por exemplo, que são devastadoras). Quer dizer, pode-se matar livremente, desde que não seja com arma química.
O ódio entre os povos e entre as nações está cada vez mais arraigado nesta humanidade que perdeu seu rumo. Deus está sempre presente nas palavras, nos gestos e nas atitudes de praticamente todos nós. Mas, a partir do momento, que se fala sobre “matar em nome de Deus” podemos perceber que a salvação está longe, muito longe de se concretizar.
Se tudo não fosse tão grave e tão desalentador eu arriscaria dizer que esse cessar fogo de três horas ditado por Israel chega a ser patético, como se ali estivesse a solução para todos os problemas.
Triste, muito triste essa realidade que se abate sobre nós.
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