Beijinho na bunda
Eu e minha máscara...
Eu é que não vou ficar quarenta dias em cima de um computador escrevendo um romance para quem não sabe ler. O que não falta no Brasil são livros e escritores para quem não aprendeu a decifrar os prazeres da leitura e escrita.
Ademais, afirmo que quem fugiu da escola deve mesmo é ler tradução, lixo importado... Pois, a mim, o que me importa é a língua que falo, a portuguesa; esta que se prepara para abrasileirar-se e, então, liderar o mundo lusófono.
E faço aqui um desabafo: se eu tivesse saco para plagiar um escritor brasileiro, plagiaria Graciliano Ramos. Mas, quero mesmo é ser páreo (não me venha dizer que está palavra perdeu o acento na nova ortografia, que surto) para Euclides da Cunha e Camões.
Se deliro demais, se isto são quimeras tolas, não faz mal: morro feliz da vida como um ilustre desconhecido. Mas, no “bacião” literário nacional, não entro!
Desconsidere a incisividade; pode ser somente máscara. Amanhã talvez direi justamente o oposto. Pois, minha única posição definitiva é exatamente não tê-la.
Beijinho na bunda!