A ARTE DE ENSINAR ``O CRIADOR E A CRIATURA``

Quando olhamos para um quadro, escultura ou qualquer outra peça de artesanato fica difícil imaginar que, antes de passarem pelas mãos do artista, aquilo era algo sem nexo, sem expressão, uma simples tela de tecido branco, um bloco de pedra ou um pedaço de argila qualquer, insignificante.

Então entra a criatividade, a inteligência e o dom do artesão – pintor – escultor – que vai progressivamente moldando, criando, colorindo, dando vida, transformando o reles objeto numa verdadeira obra prima para o deleite de nossos olhos e importante ponto de referência para artistas futuros.

Pensar que a humanidade alcançou o espaço sideral através da inteligência de engenheiros, navegadores, matemáticos, projetistas, etc, que também, como artistas que são, transformaram, moldaram e criaram espaçonaves capazes de atingir seus objetivos atingindo distâncias antes improváveis.

Na medicina, os cientistas conseguiram fazer o mapeamento genético do ser humano, entre outros avanços de igual importância, médicos e cirurgiões descobrem – a cada dia – novas técnicas para transplantes de órgãos, novas curas para os males que nos afligem aumentando, assim, a expectativa de vida do homem. Poderíamos citar inúmeras profissões, nas mais diversas áreas, e encontraríamos sempre um artista, alguém que com seu conhecimento e capacidade vai lapidando a matéria bruta com tamanho esmero que, a nós, resta admirarmos a jóia resplandecente.

Pois bem, do cientista mais famoso ao mecânico de automóveis, do engenheiro brilhante ao pintor desconhecido, do médico mais conceituado a este ‘’projeto’’ de escritor (eu), todos temos algo em comum ou seja, passamos pelas mãos do artista mor, daquele que soube, como ninguém, nos moldar para a vida, mostrar o caminho, a real importância do caráter e a imprescindível arte do saber , nossos mestres, nossos professores.

A arte de educar faz dos professores os maiores artistas que conhecemos.

Eles, com sua inesgotável fonte de paciência, alfabetizam e ensinam os porquês da vida, transferem todo seu saber – didaticamente – a nós, abrindo com isso, um leque de opções para seguirmos nosso rumo e alcançarmos o milagre da transformação, do analfabeto ao inimaginável.

O professor é responsável pela continuidade da educação que a criança iniciou no lar, é ele que, como artista, molda habilidades, ajuda a desenvolver o caráter, ensina o conceito de discernimento do certo e errado, enfim, insere a cultura, tão primordial, na vida das pessoas.

Imaginem a satisfação (dos professores e professoras) de terem ensinado o bê-á-bá a Albert Einstein, Pablo Picasso, Goethe, Auguste Rodin, Alighiere, Shakespeare, Beethoven, Renoir, Gustave Eiffel, Lula (este deve ter dado trabalho), Fernando Henrique (???) e a outros como você que, se não vier a fazer parte do rol acima – tudo é possível – no mínimo tem a obrigação de ser decente para, assim, homenagear o esforço e a dedicação dos teus professores (as).

Wilson Silvério