A Paz Impossível
Dói minha consciência, meus princípios e minha formação afirmar que a paz nunca será alcançada.
Esta meta, por tantos e tantos querida, é muito difícil de ser entendida pelos homens e pelos povos. É bom lembrar que o mundo, desde os primórdios da sua história, jamais conheceu a paz.
O fio das espadas, a velocidade e o poder de penetração das flechas sempre estiveram presentes na vida humana. Impérios foram construídos pela força das armas; impérios foram destruídos pelo mesmo motivo.
Citar conquistas pelas guerras, ou destruição pelas mesmas, não cabe numa crônica sem maiores pretensões. Os livros de história encarregam-se destes registros, e a imprensa mundial, dos fatos que acontecem no dia-a-dia.
É lastimável. Mas o poder ou vem do dinheiro ou da força das armas, e se torna muito mais violento quando tem raízes nas duas fontes.
Desde César, por exemplo, há mais de dois mil anos passados, os exércitos significam o poder. O exemplo, embora longínquo, é valido para tempos passados, bastando lembrar a odiosa relação da Pérsia com a Grécia.
Com muita certeza, não sabemos determinar quando a pancadaria começou. A última, para coroar o ano da crise, está sendo travada uma vez mais por palestinos e judeus, que não se entendem bem antes do aparecimento de Jesus. O homem que pretendia a paz acima de tudo acabou crucificado. Revolucionários são perigosos, ainda que falem em nome de Deus.
Fortunas consideráveis são gastas com a manutenção e o desenvolvimento da máquina da guerra. O fato não é novo. O “herói” Napoleão arrasou os cofres franceses e matou grande, enorme número de jovens franceses em prol das suas guerras. Mas a França presta tributo a este covarde assassino até hoje, tido como um dos seus maiores heróis, esquecendo-se dos revolucionários guerrilheiros que defenderam e pagaram com sangue diante a invasão alemã, na Segunda Guerra.
Não prossigo. Tudo o que foi escrito serve apenas para lembrar que a paz é impossível ser alcançada. Queiram os mansos, ou não...