NAS TELAS DO PASTELÃO!

Minha última crônica de dois mil e oito foi uma brincadeira de advinhação.

E óbviamente quem a leu, percebeu a minha explícita intenção.

Ainda a pouco relendo-a, talvez a minha brincadeira mais séria, foi eu lá ter escrito que muitas vezes no ano novo, os nossos olhos não aceditariam no que veriam.

E de fato, não é preciso ser adivinho para tais previsões. É exatamente assim que me sinto: perplexa ...de olhos arregalados!

Infelizmente a passagem do ano foi pontuada com mais uma guerra no oriente médio.

Mais uma não! A mesma de sempre, aquela que dizem que está holisticamente selada.

Não sei, às vezes me pergunto se justificar guerras em nome da paz ou do que "está escrito", não seria uma forma teológica de "desresponsabilizar" a humanidade de seus contínuos atos bárbaros!

Mas nem só na "Faixa de Gaza" se faz horrores!

Existem as "vias satélites", as bandas largas, as telinhas dos plim plins, que num passe de mágica desestruturam a nossa paciência, estalam o pensamento e nos deixam de boca aberta!

E por aqui... quem procura acha!

É impossível nesses dias de desaceleração da vida, estando aonde for, não entrarmos em contato com a vida das telinhas do mundo, ainda que seja escovando os dentes diante da televisão.

Numa dessas manhãs de ano novo, "sem querer querendo" vi o tudo que é o nada mais velho... DE SEMPRE!

Levei um susto no que meus olhos viram: Naquela revista feminina global das oito, protagonizada pela famosa loura, o papagaio sossegava os trabalhadores, contabilizando os dias de feriados prolongados que teremos em dois mil e nove! VIVA! E ambos comemoravam...juntamente com a classe trabalhadora do Brasil!

Eu só me perguntei como deve ser monótono tantos feriados para certas categorias de trabalhadores...

E quando pensei que já tinha visto tudo, a outra loira dos baixinhos entrou em cena, num horripilante pastelão de mal gosto com a loura do loro! Diga-se de passagem, muito aquém do cult do cinema "os três patetas" pelo qual sou vidrada até hoje! E às custas da audiência dum horário televisivo que tanto poderia acrescentar...a todos! Mas tá difícil acrescentar, muito difícil.

Sugiro aos tres que deem uma passadinha pelo cult ao qual me referi.

Só uma perguntinha: Aquelas tantas tortas desperdiçadas, aparentemente tão "requintadas" e que com toda certeza repousam em pouquíssimas mesas brasileiras...eram reais ou fictícias?

Acredito que as louras e o loro estão precisando rever os conceitos...de realidade "global", inclusive melhor "conceituar " trabalhadores neste planeta de catastróficos pastelões! Ah sim, enquanto ainda houver empregos!

Tem coisa que soa desrespeito. Basta se ter senso e se pensar um pouco.

Portanto, aqui termino meu primeiro pensamento do ano.

Deveras, não é só com dinamites que se faz guerras..com uma boa porção de inconscência também. Pena que poucos se deem conta disso!

E inconsciência..."como a gente vê por aqui"...

Plim plim pra nóis! Nossa cegueira merece.