Quando me apaixonei pela mulher de 18 anos
Vinha ela, só, sóbria sobre seu olhar hipnotizador, apenas 18 anos, uma menina mulher, de sonhos e fantasias. Estava eu, sentado em um boteco qualquer, acompanhando com meu olhar o caminhar suave, sob um balanço de quadris amenos, belos. Imergido em meu copo um wisky importado 12 anos, com duas pedras de gelo derretidas, em que num só gole terminei, embasbacado por tamanha beleza. Caminhava sob as calçadas em chinelas brancas, num vestidinho curto, cabelos amarrados mostrando um pescoço nu, apaixonante.
Assim apaixonei-me, amei por instantes, ilusórios minutos de pura magia, sob o álcool que imergia em veias, por uma ninfeta de Ipanema, que caminhava sob o cair do sol de Porto Alegre, beirando o Guaíba, e alegrava a vida de um pobre pensador que escrevia linhas rabiscadas de amor.