Uma emocionante teia chamada Vida

Tanta gente questiona, indaga o porquê de estar aqui. E para que; qual o sentido da vida. Alguns mantêm a sanidade deixando as perguntas de lado e, apenas vivendo, outros piram geral porque não encontram dentro deles as respostas que gostariam. Eu também não encontrei respostas fáceis, mas, encontrei algo que para mim é um fato. A causalidade da vida e a existência do espírito e, ainda assim perguntas teimam em surgir na minha mente. E não fosse assim com as pessoas e estaríamos ainda vivendo em cavernas. E o amor é recorrente nas indagações e é ele que dá sustentação e sentido à causalidade da vida e à sobrevivência do espírito. Hoje meu pensamento perguntou “porque estou aqui agora, nessa vida?” E os fragmentos das minhas convicções se juntaram num instante, tão rápido que me foi impossível determinar em que momento uma nova convicção se formou em mim. É nessa teia de perguntas e descobertas pessoais que se formam os canais e vias de encontros - ou desencontros, dependendo da forma que se dá ao pensamento - pelas vidas afora. Fui colando no painel da memória os acontecimentos da minha vida atual; o que me fez muito feliz, o que poderia ter me despedaçado mas foi contornado por algo ou alguém e que me fez sobreviver e crescer, deixei a mente vagar por entre os caminhos e atalhos e, cheguei à conclusão de que essa vida me trouxe aqui para redimir erros pretéritos e reconstruir estradas, caminhos e atalhos. Mas vim também para reafirmar o amor que sinto e que já vem desde antes de hoje. Amigos que a vida separou por algumas vidas, animosidades esquecidas e que agora podem ser reconstruídas em amizades. É. O amor não acontece assim, do nada. Não amamos simplesmente porque fomos com a cara. Precisa, tem que haver uma história antes. E eu sorri com todos esses pensamentos. Sorri porque a conclusão foi deliciosa demais pra deixar guardada só comigo. Cheguei à doce conclusão de que essa vida de agora está sendo de reafirmação de sentimentos de antes, nem tão intenso do ponto de vista da matéria mas, essenciais do ponto de vista da alma. Daí, esticando mais o pensamento, cheguei a outra conclusão que acho fundamental (vai ter quem não ache). “Se é assim comigo com certeza não será diferente com todas as outras pessoas". Todos, de uma forma ou de outra, estão ligados. Os que ao se conhecem agora podem já ter se conhecido ou irão se conhecer um dia. Sendo assim, somos todos responsáveis uns pelos outros e se somos responsáveis uns pelos outros e se o objetivo maior é o amor, não há razão para ser infeliz. Às vezes somos convocados a empurrar, dar uma mãozinha e seguir em frente, noutras vezes somos nós os empurrados; os desencontros de agora não são eternos. O que devemos deixar de lado é essa necessidade de ter que ter aqui e agora, quando na verdade, já temos. Questão só de tempo. Somos todos parte de uma única imensa e emocionante teia cheia de cruzamentos chamada vida(s)