O Autorretrato
Bem, estamos à beira do nono ano desse milênio. Para os mais distraídos, estamos quase em dois mil e nove.
Uma avaliação rápida do ano que termina é aquela que cansamos de ver nos canais de televisão: guerra, crimes hediondos, negros na Casa Branca, crise financeira e outras coisas... Não foi um ano ímpar e nem singular. Dois e mil e oito trouxe novidades que já esperávamos. E tudo o que vimos nada mais é do que a retratação daquele dito "antes tarde do que nunca.". Tivemos um ano cheio, apesar de tudo. Sendo que as verdadeiras bombas começaram a explodir na reta final do ano. Uma crise financeira que ajudou a eleger o primeiro Presidente negro dos EUA. Um conflito - mais um! - entre israelenses e palestinos, sendo este um conflito de proporções maiores e cinematográficas (ou sou único aqui que consegue ver o poder da mídia sobre tal conflito). Houve avanços e há atrasos. O LHC pifou para alívio de quem pensou que iria morrer tragado por um buraco negro - mas em dois mil e nove ele volta, viu? Enfim, o ano de dois mil e oito vai e deixa saudade pra quem não investiu na bolsa e vai acompanhar por muito tempo que o fez... Os olhos estão virados para o companheiro do final do calendário...
Dois mil e nove chega com promessas - não bem alicerçadas - mas bem mais frutíferas do que dois mil e oito. O mundo coloca muita fé no cara chamado Barack Obama, talvez daqui há uns cem anos - quando tivermos devidamente controlado o CO² e as armas nucleares - alguém pode achar essa crônica e ver que existiu sim um negro na Casa Branca, coisa que parecia impossível há quatro décadas atrás. Dois mil e nove entra como o ano da arrumação - econômica, científica, política e gramática. Sim! A partir do ano que se achega, lusos e brasilianos (e todo o mundo falante português) falarão igual, uma união e mudança da língua portuguesa! Mais uma mudança que dois mil e nove deve carimbar...
Portanto, chegamos ao fim da primeira década dos próximos mil anos com um acúmulo de esperanças em um mundo melhor. Torcemos para que esta década, em maioria sangrenta, nos faça refletir e ver como estamos. Mesmo as portas de um ano novo, ainda nos confrontamos com problemas velhor - ver Israel e Palestina. No mais, já evoluímos bastante e, quem sabe, possamos colocar algumas flores neste nosso autorretrato...
Até o próximo ano...