O sonho de Matilde

Entre o sonho de Consuelo de Saint-Exupèry em "Memórias da Rosa" e o de Matilde Urrutia em "Minha vida com Pablo Neruda" pode haver um grande abismo? Talvez não... analisando os corações humanos ali despojados e abertos, vemos que o amor se assemelha em toda sua plenitude quando se trata de sonhar, viver, esperar, crer... Consuelo sonhou o que Antoine não pode jamais lhe dar: segurança. Matilde sonhou o que Pablo sempre lhe deu: segurança. Mas, talvez, em ambas, a segurança tenha sido uma quimera --- porque a segurança só existe dentro de nós mesmos... ninguém pode nos oferece-la, doá-la, a não ser nós mesmos.

Mas eu não queria falar sobre segurança. Queria falar sobre o sonho de Matilde -- Matilde! Quem não a conhece, que vá em busca de sua obra --- eu a relí nesse final de ano. E compartilhei com ela tantos momentos lindos, mas também tantos momentos dolorosos!

Quando o sangue se abate novamente sobre este planeta, o vermelho que se abateu naquela época sobre a vida de Pablo e Matilde novamente me vêm à tona, com grande pesar no coração....

.... que neste 2009 reine o vermelho das rosas, dos cravos, dos pores-de-sol e o da paixão... jamais o da dor, sempre o do amor... como o de Pablo e Matilde, que me infundem ainda no peito aquele átomo indissolúvel e perfeito e eterno, chamado "esperança'.

Um 2009 mais do que maravilhoso para todos!

Clara Leticia(LC)
Enviado por Clara Leticia(LC) em 31/12/2008
Reeditado em 31/12/2008
Código do texto: T1361399
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