"Sobre 2008/2009" =Crônica de agradecimento e votos=
A todos que me leram, comentaram, prestigiaram, tornaram-se meus amigos virtuais neste ano que termina hoje, o meu muitíssimo obrigado. Um muitíssimo obrigado dito de coração, com toda sinceridade.
Escrever e ser comentado, é muito bom. Fazer novas amizades durante todo o ano é bom demais. Conviver com o pessoal do Recanto, mesmo que apenas virtualmente, na maioria dos casos, foi uma das boas coisas que descobri em 2007 e que se tornou importantíssima para mim em 2008.
Ler novas idéias, perceber novos pontos de vista, apreender novas maneiras de ver e transmitir a vida, conhecer novas formas de expressão, enfim, são lições maravilhosas que recebemos no dia-a-dia de Recantistas. E isso é bom demais. Isso vale ouro para quem gosta de escrever, de dividir com os outros um pouco de sua vivência, seja através do humor, da poesia, da crônica, da trova ou qualquer outro gênero literário.
Pertencer a um site de escritores, percebo agora, é alojar-se um canto no qual a gente se sente confortavelmente instalado entre semelhantes, apesar das inevitáveis e imensas diferenças de personalidades existentes entre as pessoas de qualquer grupo, agrupamento, sociedade ou família. Diferentes entre nós, temos a ligar-nos, a assemelhar-nos, o mesmo prazer, a mesma vontade, o mesmo objetivo. Ou seja, todos nós gostamos de ler e escrever, ou apenas de ler, ou ainda apenas de escrever, mas o que importa é que possamos fazê-lo à vontade.
Neste ano e meio em que venho escrevendo no Recanto, já ouvi muitas vezes a idiota pergunta: “Qual é a graça de escrever de graça?”. Quando quem faz a pergunta merece atenção de minha parte, respondo educadamente que o Recanto das Letras é uma vitrine na qual exponho os produtos de meu cérebro. Uma vitrine importante, visto que há dezoito, dezenove meses atrás, antes de ingressar no RL, as únicas pessoas além de mim que sabiam que eu escrevia eram as de minha família. Só meus familiares me viram produzir mais de uma dezena de romances e empilhá-los sem a menor vontade de ir atrás de publicação. Uma falta de vontade produzida pelo exercício da profissão de livreiro por mais de quarenta anos.
Escrevendo de graça, publicando meus escritos aqui no Recanto, não me tornei famoso, mas recebi tanto incentivo, tantos amáveis aplausos em diversas ocasiões, que comecei a encorajar-me e a ver minha produção com olhos mais otimistas, menos envergonhados ou tímidos perante as possíveis reações de meus possíveis leitores de um dia desses, quem sabe...?
Tive a satisfação de ver uma de minhas crônicas publicada por um bom jornal, servir para tese de formandos em Jornalismo, publicada em outras mídias, e isso fez bem para o meu ego. E quem é que não precisa de um afago no ego de vez em quando?
Eu não quero muito em 2009. Quero apenas que seja tão bom quanto tem sido, até este penúltimo dia, 2008, mas desejo a todos um felicíssimo 2009. De todo o coração.