A FLOR DO JARDIM

-Noooosssssaaaa!!!!Onde estou,não consigo me lembrar da última coisa que fiz e essa minha cabeça que não pára de latejar.Está tudo muito claro aqui,não vejo ninguém.Será que estou numa espécie de hospital?

-Calma meu filho,logo você vai recuperar a memória,é assim mesmo com os iniciantes,por enquanto eu não estou autorizado a lhe dizer nada.A minha missão é proporcionar a você um bem-estar necessário para que suporte a jornada que terá daqui por diante.

-Mas quem é você e o que eu estou fazendo aqui?Me deram algum entorpecente pra conseguir me trazer até aqui?Por que não lembro de nada por mais que eu tente?

-Tudo ao seu tempo,menino,agora descanse um pouco que daqui a algumas horas voce começará a saber do que lhe ocorreu.

Indiferente a isso Madalena lamentava com seus familiares a perda de uma pessoa muito especial para ela.Como é que Deus levara alguém tão jovem,nele,ela esperava a realização do sonho da maioria das mulheres:casar e ser feliz com a pessoa que era tudo para ela.Suas lágrimas comoviam a todos,seu choro sentido dava dó a quem a visse daquele jeito.A morte tem um senso de humor muito grande e ela é democrática,todos um dia a conhecerão de diferentes maneiras,mas nunca da forma como se quer.Ela é de todos que estão vivos.Madalena queria conhecê-la, mas seus amigos estavam atentos a essa possibilidade e por isso a vigiavam de perto.Não deixariam que o encontro acontecesse.

-Madalena,minha filha,é a vontade de Deus,fique calma,onde quer que ele esteja, e sei que com certeza está nos braços do Senhor,ele espera que você suporte a dor,ele não gostaria de lhe ver tão triste assim,lembre dos momentos felizes que viveram.Vem cá me abrace,chore,derrame as lágrimas que estão estancadas em seu peito,deixe-se tomar por essa dor que aos poucos você vai se acalmar.Agora fica em meus ombros.

Dona Maria sabia bem o que era perder um grande amor.Seu marido já havia falecido há um bom tempo e ela ainda não tinha superado a perda,mas se acostumara com a ausência física dele.De vez em quando era pega de surpresa suspirando pelos cantos da casa e os filhos sabiam bem do que se tratava.Madalena lembrou-se disso e a abraçou fortemente.Nesse momento as duas pareciam uma só sentindo a mesma dor por pessoas que lhes eram muito importantes.

-Mamãe tá na hora da gente ir pro velório do Augusto,o pai dele ligou dizendo que o corpo acabara de chegar.Vamos que estão chamando por nós.

-Sim,meu filhinho,a tua irmã já está um pouco melhor.Tranque a casa e vamos.

Nada seria como antes para Madalena,no caminho até os lugares pareciam diferentes para ela,parecia que solidarizavam com a dor dela.O céu estava nublado e era anúncio de chuva.UM flash-back passou na mente dela e uma pontinha de sorriso foi esboçado.Chegaram ao local do velório,eram muitas as pessoas presentes,muitos eram amigos do amigo do amigo.Augusto era muito querido e sua partida era mais do que sentida por todos.A mãe dele estava inconsolável,o pai procurava manter-se firme.Seus olhos estavam muito vermelhos de tanto chorar.

-Oh Rita minha amiga,a dor que está sentindo é imensa e você bem sabe que pode contar comigo nesse momento de dor.Mas me conta aí como foi que aconteceu uma tragédia dessa?

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AGUARDEM O PRÓXIMO EPISÓDIO,ESPERO QUE SINTAM EMOÇÃO E PRAZER AO LEREM ESSA HISTÓRIA QUE TEM MUITO A SE REVELAR.

LÉO VINCEY
Enviado por LÉO VINCEY em 30/12/2008
Código do texto: T1359667
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