É verão
Se a máxima que diz, “Quem canta seus males espanta” for verdadeira, então há de servir ao ato de dizer ou escrever belas palavras.
Não há dúvida que flui inspirações em abundância quando se quer criticar, mostrar falhas, embora na maioria das vezes não tenhamos soluções.
O simples fato de fazermos parte da sociedade em aparente igualdade de condições, nos torna, a nosso ver superiores. É do ser humano. Afinal, de médico, outras “cositas” e de louco, todos temos um pouco.
É verão; se não a estação mais bela, pelo menos é a estação em que “elas” ficam mais belas. O Sol, o Mar, uma geladinha e a família reunida. Não precisa nem a cerquinha branca. Tô cheio de ficar enjaulado.
Sentir a brisa do mar ao cair da tarde pode ser nostálgico, mas também é acalentadador, cheio de encantos e poesia. É a mão serena que nos afaga enquanto relaxamos. É nesse momento que nosso espírito vaga sem que nada construamos ou tenhamos entendimento.
Há quem prefira as primeiras horas da manhã. Tenho que concordar que há profundas diferenças; a manhã é o começo, o renascimento a expectativa; a manhã é a criança afoita, cheia de energia, bem próprio dos participativos.
Mas o fato é que existem inúmeras situações capazes de nos trazer alegria , tanto da forma contemplativa ou participativa e o maior dos motivos sem dúvida é o de estarmos vivos, de sabermos valorizar cada segundo da nossa existência; de ver o futuro como uma benção e não como um fardo; de sabermos realizar o que é possível em busca de uma meta, ultrapassar obstáculos e comemorarmos; comemorarmos muito mesmo cada vitória. O que não foi possível no momento, guardamos em nossa memória para mais adiante quem sabe, sem obstinação para não se tornar neurose. Quanto ao passado..., bem, o passado agora é história, devemos lembrar com o intuíto puro de não incorrermos nos mesmos erros e de nos deliciarmos com o que nos deu prazer.