Aprendendo com o mar

APRENDENDO COM O MAR

Tonha: antoniazilma@hotmail.com

Estava caminhando, pela praia, e fiquei a observar o vai e vem das ondas do mar: hora mais lenta e, hora, mais forte... Mas neste mágico movimento constante, quando me dei conta estava envolvida pela maresia, e quanto mais me via coberta, mais sucumbia aos mergulhos intensos, me deixando levar pelas ondas com toda a sua formosura e magia.

Quando voltei a pisar à areia, fiquei a contemplar o espaço natural (embora, muitas vezes degradado pelo homem com seus poluentes), daí refleti sobre a rotatividade do tempo... Da filosofia que existe entre a vida e o mar.

Creio que os fenômenos naturais têm suas razões de existirem: o mar nos ensina a ser nós mesmos, sempre, por ter uma imagem única em qualquer dimensão do mundo.

Suas ondas nos falam sobre a liberdade de ir e vir, desprender-se... Ensina-nos, também, a sermos alegres, a dar sabor à vida e, acima de tudo, nos revela a questão de aproveitar bem o tempo, a não ficarmos estáticos, a nos movimentar para fazer acontecer o que queremos da forma mais autêntica possível. O impressionante é que o mar joga fora, naturalmente, o que não lhe é necessário, nos ensinando a não amontoar coisas que possam poluir nossas mentes e contaminar nossos corações.

Então, refleti também sobre a diversidade de peixes que vivem e sobrevive no mar: todos convivem respeitando a natureza de cada um... Alguns, de portes grandes; outros, de portes pequenos, nas cores azuis, amarelos, coloridos, assim como, gordos, magros, compridos, ousados... Cada um com sua beleza, sua utilidade e encantamento, até virarem comida gostosa, saciável... Precisamos aprender alguns mistérios e atributos marítimos, para vivermos melhor.

Podemos perceber que o mar denota uma paisagem ainda mais bela, pela presença do sol e do luar... Quantos cenários de amor e paixão versados, vividos pelos poetas, pelos amantes diante do silêncio inspirador e lingüístico, oportunizado por esta magia deslumbrante, que causa fortes degustações, aflorando amor, fazendo fluir palavras amáveis e gestos inebriantes nos corações apaixonados.

Por fim, gostaria que este momento fosse infindo, não passasse - como estas ondas que estou a contemplar -Agora, sentada sob uma pedreira... São estas coisas que certamente nos tornam mais inteiros, mais intensos.

Antonia Zilma
Enviado por Antonia Zilma em 27/12/2008
Reeditado em 14/09/2022
Código do texto: T1354726
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