O ruim da ruindade é que ela é ruim
Nada mais lógico que isso não é verdade. O problema é que a ruindade ganha contornos mais expressivos quando o assunto é ônibus coletivo em Aracaju. Não sei por que as latas velhas insistem em andar. Estou pensando em escrever uma carta ao Luciano Huck.
Na capital sergipana os ônibus são tão velhos que os idosos ainda encontram suas marcas nos assentos. Sem contar ainda na habilidade dos motoristas em guiar o veículo, ele são tão rápidos que na curva até eles se seguram em alguma barra de ferro.
E eu nem falei na hiper-super-grande lotação. Às vezes está tão cheio, tão cheio, mas tão cheio, que faria os encarcerados se contentarem com suas selas. “Tem gente em situação pior”, diriam eles.
Agora, imagine a ruindade se personificando. Imagine que ele é alto, loiro, pançudo e que atende por Samarone. Ele pega uma caneta, um papel já digitado e assina o aumento da passagem de R$ 1,75 para R$ 2,40.
Quando se pensa que a ruindade irá dar uma trégua, ela passa a régua.