Saudades
Um texto... uma frase lida nos levam a uma idéia... a pensamentos... Como esta frase do escritor piauiense Maykell Francis: “Mas soldado hoje só ‘cabeça de papel’ ” em sua crônica “Cabeça de papel”. (Publicada no Recanto das Letras em 22/12/2008
Código do texto: T1348489)
Assim chegam as festas. A compra de um vestido (Que me deixe atraente, murmuro ao espelho da loja!), um batom em tom claro para realçar os desejos dos lábios. Coisas naturais de festas ao findar do ano. Alguns poucos dias a nos separar de 2009. Dias contados!
No ano que termina uma retrospectiva em mim. O olhar de quem amo. Uma figura a remexer-me os nervos. Já a pele eriçando numa sugestão de onomatopéias... Flip... Flop... Flap! Comungando com o restante do corpo (...) língua em delírio de versos.
Pensar em versos é almejar um beijo. Sensação de cometer um furto... Talvez o gatuno (De meu amor!) suba ao telhado ronronando em versos para a lua (...) perseguindo-me a alma com uma taça de vinho sugado na pele (?). “Seria um furto da boca tua!”
São pensamentos... Em mim! Véspera de Natal! Uma ceia em casa de familiares(-) Traz, porém, lembranças de ternuras passadas a reconstruir imagens, espera da morte de uma saudade, recolhendo-se nos sorrisos dos irmãos.
São doze horas (:) Minha mãe, eterna Inocência, um beijo nos lábios. E por mais que se ergam as taças, respiro dessas (:)
Saudades
Vagam as horas
Os olhos invadidos em prece
Oram... A lágrima desce!
Pensam noutros olhares além
Vivem em mim longos abraços
Soluçando a boca... Amém!
Transporto-me em eterna adoração
A meu pai... Meus irmãos
Saudade imensa... No coração!
Aqui estou... (Sim) perdida
Na escura... Escura estrada
Soldado de papel na vida!