Não esqueci...
Águida Hettwer
Não esqueci as algemas da casualidade, do egoísmo desenfreado, que bofeteia a face sem dizer nada. Das mãos famintas pedindo um trocado, dos rostos desfigurados caminhando cabisbaixo. Do moribundo dormindo nas calçadas, senti o seu cheiro impregnado. Quisera banhar-lhe a alma! Regando a vida de sonhos que não dormem no acaso. De curar-lhe as feridas, recortando tortuosos caminhos da embriagues. Apagando vícios e dependências, acendendo a chama da esperança de “recomeçar outra vez”. Não permitindo que matasse o riso, quebrando a força do querer. Trocando idéias com o murmúrio do vento, bordando boas recordações na margem do tempo. Degustando novamente os sabores da infância. Ser hoje o que não fui ontem, nas asas do amanhecer.
22.12.2008
Águida Hettwer
Não esqueci as algemas da casualidade, do egoísmo desenfreado, que bofeteia a face sem dizer nada. Das mãos famintas pedindo um trocado, dos rostos desfigurados caminhando cabisbaixo. Do moribundo dormindo nas calçadas, senti o seu cheiro impregnado. Quisera banhar-lhe a alma! Regando a vida de sonhos que não dormem no acaso. De curar-lhe as feridas, recortando tortuosos caminhos da embriagues. Apagando vícios e dependências, acendendo a chama da esperança de “recomeçar outra vez”. Não permitindo que matasse o riso, quebrando a força do querer. Trocando idéias com o murmúrio do vento, bordando boas recordações na margem do tempo. Degustando novamente os sabores da infância. Ser hoje o que não fui ontem, nas asas do amanhecer.
22.12.2008