Receita: Namorado
Outro dia, me sentindo muito deprimida com angústia, dor no peito, nó na garganta... resolvi procurar um clínico geral, uma vez que a consulta com o psiquiatra estava me saindo muito cara.
Ao fazer um resumo da minha vida para o profissional que me ouvia atentamente olhando para o fundo dos meus olhos, outrora para os movimentos das minhas mãos falava também dos antidepressivos que já tomara e de suas respectivas dosagens.
Depois de conversar, trocar algumas idéias o doutor fez algumas sugestões que seriam: aumentar a dosagem do Venlaxin de 75mg, para 90 mg, ou permanecer com Venlaxin com uma dosagem menor e complementar com outro antidepressivo;
Ah, discordei não queria tomar mais nada e ele estava aumentando a dose, a quantidade... Deus me livre!
Sugeri então simplesmente trocar o antidepressivo que eu tomava por outro diferente, com a mesma dosagem e de preferência, mais barato. Ele concordou desde que eu tomasse também um calmantezinho leve, um fitoterápico que me ajudasse a relaxar, e retornasse em trinta dias para uma avaliação do quadro.
Concordei.
O doutor, homem fino, distinto, em sua camisa impecavelmente branca, preencheu a receita e o atestado calmamente com sua letra confusa de médico e ao despedir-se de mim, estendeu-me sua mão alva e macia num aperto de mão firme, mais antes porém que eu saísse me chamou:
____Dona Theodora?!
Parei e voltei-me para atendê-lo, quando me perguntou cuidadosamente, quase num sussurro:
____Dona Theodora,(pausa) por acaso a senhora já pensou em arrumar um namorado...?
____?!!!...
Outro dia, me sentindo muito deprimida com angústia, dor no peito, nó na garganta... resolvi procurar um clínico geral, uma vez que a consulta com o psiquiatra estava me saindo muito cara.
Ao fazer um resumo da minha vida para o profissional que me ouvia atentamente olhando para o fundo dos meus olhos, outrora para os movimentos das minhas mãos falava também dos antidepressivos que já tomara e de suas respectivas dosagens.
Depois de conversar, trocar algumas idéias o doutor fez algumas sugestões que seriam: aumentar a dosagem do Venlaxin de 75mg, para 90 mg, ou permanecer com Venlaxin com uma dosagem menor e complementar com outro antidepressivo;
Ah, discordei não queria tomar mais nada e ele estava aumentando a dose, a quantidade... Deus me livre!
Sugeri então simplesmente trocar o antidepressivo que eu tomava por outro diferente, com a mesma dosagem e de preferência, mais barato. Ele concordou desde que eu tomasse também um calmantezinho leve, um fitoterápico que me ajudasse a relaxar, e retornasse em trinta dias para uma avaliação do quadro.
Concordei.
O doutor, homem fino, distinto, em sua camisa impecavelmente branca, preencheu a receita e o atestado calmamente com sua letra confusa de médico e ao despedir-se de mim, estendeu-me sua mão alva e macia num aperto de mão firme, mais antes porém que eu saísse me chamou:
____Dona Theodora?!
Parei e voltei-me para atendê-lo, quando me perguntou cuidadosamente, quase num sussurro:
____Dona Theodora,(pausa) por acaso a senhora já pensou em arrumar um namorado...?
____?!!!...