Confraternização.
É interessante o quanto somos avaliados no nosso dia-a-dia, quer seja em meio a nossa família, quer seja, nos mais diversos lugares que freqüentamos; às vezes, sem perceber, nos tornamos referência, tanto para o lado positivo quanto para o negativo, dependendo de nossas ações, de nosso comportamento. Felizmente, apesar da grande onda negativa, a onda positiva supera; sempre se destaca. E encontramos exemplos que merecem ser seguidos, principalmente quando se destaca a humildade.
Na última quarta – feira, por ocasião de um jantar de confraternização natalina, promovido pelo grupo para o qual trabalho, tive a oportunidade de vivenciar uma singela avaliação de uma “colega” que se tornou uma referência entre os companheiros.
Após o nosso diretor fazer a devida mensagem de boas vindas ao evento, agradecimento pela colaboração durante o ano, formular votos de um ano novo com contínuo empenho e sucesso, anunciou que seria promovida uma dinâmica entre os presentes, com o objetivo de descontrair o ambiente e ao mesmo tempo, premiar dois colaboradores das empresas ali presentes.
A dinâmica consistia em escolher um príncipe e uma princesa, representando os demais, através de votação entre os colegas. Teve início a votação, todos se envolveram entre sorrisos e comentários quebrando o gelo do evento – era um dos itens desejado. Depois de muita algazarra, terminada a votação, veio à apuração. A comissão de apuração composta por sete pessoas parecia mais uma torcida organizada. Enfim, terminaram e anunciaram os ganhadores, os eleitos desse principado.
A escolhida, no entanto, não gerou grande surpresa, muitos já apostavam em sua vitória; foi uma colega, amiga e companheira de longa jornada – embora ela não se ache – que é considerada pelos amigos muito carismática e querida. Acredito ser por seu jeito simples e humilde de ser; mesmo ocupando um cargo de executiva na empresa, jamais se utilizou do mesmo para diferenciar-se dos demais. Compartilha de todos os momentos – sejam alegres ou tristes, sempre dispõe de um tempinho para escutar ou aconselhar um colega; buscar uma solução para alguns problemas que parecem insolúveis, entre outros.
Foi coroada princesa do grupo, além de receber uma apetitosa cesta natalina. Apesar de sentir-se lisonjeada com a escolha e o carinho dos que a elegeu, viu-se diante daquela platéia pagando o maior mico – com uma coroa dourada sobre a cabeça, sendo fotografada, abraçada e aplaudida, sem um fio de voz para agradecer aquele gesto de apreço demonstrado naquela ocasião.
Passada a emoção do momento, juntou-se novamente aos colegas, sorrindo alegremente, sentindo-se querida e admirada. Sua alma estava flutuando, porque também gostava de todos. Aquele bem querer era recíproco.
Conhecendo-a como a conheço se não tivesse recebido nenhum brinde, o carinho sentido, já lhe bastaria como enorme presente.
Dentre tantas confraternizações do grupo que já participei, afirmo: foi a que mais envolveu. Onde a emoção foi compartilhada e o desejo de juntos, continuarmos a jornada em mais um ano que logo chegará, sob as bênçãos de Deus.