Cigarro causa violência
Dizem que o cigarro é prejudicial à saúde, que causa diversos males e, para ficar gravado de vez na memória das pessoas; como alerta; ilustram as embalagens dos cigarros com fotos de doentes e o nome das doenças atribuídas ao vício.
Tem até aquela estória do viciado que compra um maço de cigarros onde está escrito: "O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE; FUMAR CAUSA IMPOTÊNCIA SEXUAL", o rapaz volta ao balcão e pergunta se não dá para trocar por aquele que causa câncer.
Mas, como se já não bastassem o número de doenças; que os fumantes (ativos ou passivos) estão sujeitos; agora terão que alertar também para o perigo de queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau que o cigarro pode acarretar... queimaduras????
Sim, "deu no "Cidade Alerta"" que um motorista de ônibus está internado, em estado grave, com mais de 40% do corpo queimado, só porque ele pediu ao cidadão que jogasse fora o cigarro antes de adentrar o veículo, o indivíduo não gostou, borrifou álcool (ou outro líquido inflamável qualquer) e jogou o cigarro na vítima, ateando-lhe fogo.
Quanta barbaridade por causa de uma bituquinha, imagine o que aconteceria se o motorista pedisse ao sujeito que limpasse os pés ou que soltasse os gases lá fora... eca.
A verdade é que o brasileiro vive no limite, com os nervos "à flor da pele" e qualquer besteira é desculpa para dar vazão à violência, somando-se a isso a impunidade e a corrupção que impera neste país.
Do jeito que a "coisa" anda, se existisse inferno o diabo viria fazer estágio aqui na terra, pós-graduação no Brasil e doutorado no Rio de Janeiro, pois em matéria de inferno o carioca é PhD (Perigoso, Homicida e Depravado), porém, é o único Estado onde realmente estão conseguindo erradicar a fome... matando os esfomeados. Dizem até que proibiram festinhas infantis de aniversário, no Rio de Janeiro, porque na hora de apagar as velinhas, estavam matando as avós das crianças (pode???).
Nada como viver na paz do interior para se obter a paz interior (gostaram do trocadilho?), tendo a liberdade de passear despreocupado pelas praças da cidade, ficar até tarde da noite na rua, freqüentar bailes (que não são funks) ou festas nos clubes, enfim, sem toda aquela violência das grandes cidades a não ser, vez por outra, um tirinho no baile do Serpereiras, uma facada na Festa de São Benedito, uma colisão de veículo com poste, uma briga na praça e o risco de ser atropelado pela viatura policial, coisa corriqueira do interior.
Wilson Silvério