Vida Privada
Eu me lembro, há alguns anos atrás, de uma entrevista que fizeram com a atriz Derci Gonçalves onde ela, após ter mostrado toda a casa, levou o repórter ao banheiro dizendo ser ali seu lugar preferido e, toda a vontade, sentou-se no vaso pedindo que ele se acomoda-se no bidê.
Realmente o banheiro é um lugar maravilhoso, ótimo para meditar, espairecer, ler, fazer palavras cruzadas, encontrar solução para alguns problemas, enfim,...aliviar-se(literalmente).
Acho até que os vasos sanitários são um tanto que... incômodos e as vezes na demora de realizarmos alguns dos exemplos acima citados, por prenderem a circulação sanguínea, acabam adormecendo as pernas dando uma sensação ruim de formigamento(sorte que é na perna), por isso creio que deveriam ser mais...hum...digamos ‘’confortáveis’’ visto que passamos, impreterivelmente, um bom tempo por lá todos os dias.
Outra coisa desagradável é usar o banheiro alheio, parece que não tem a mesma paz e tranqüilidade que encontramos no nosso, além do que não fica bem demorarmos mais do que o necessário, como estamos habituados. Duvido também que alguns dos leitores já não tenham ‘’pagado mico’’ no referido cômodo ou que não conheçam estórias de situações inusitadas ocorridas com parentes ou amigos.
Daquelas que você entra apressado(por estar apertado), faz tudo o que tem de fazer e somente então se dá conta que não tem o bendito papel higiênico, ou ainda que ele está no fim restando apenas um pedacinho(que ódio).Dizem até que, por conta disso, as mulheres vão em dupla no banheiro que é para uma chacoalhar a outra.
Engraçado que só no deparamos com os problemas...’’sanitários’’ depois que resolvemos a nossa emergência, como aquele que, após feito o ‘’serviço’’ descobrimos que a descarga é dada por meio daquelas terríveis caixinhas plásticas com um fio dependurado na lateral e que, na maioria das vezes, uma descarga apenas não é suficiente para...digamos limpar a cagada, nos obrigando a uma lenta e demorada lavada nas mãos para darmos tempo dela encher novamente e então, após rezar, cruzar os dedos, puxarmos a cordinha outra vez para, decepcionados e desesperados, atestarmos que ainda não foi desta vez(ah o que eu não daria por um balde).
Imaginem o sofrimento de alguém ao entrar num banheiro que fica ao lado da sala(cheia de gente), sem laje nem forro e com uma dor de barriga daquelas de torcer(nem catalisador e silencioso resolve), tendo que tossir a cada...etapa, deixando o dono da casa em duvida se dá remédio para dor de barriga ou xarope. Tem até a estória da velhinha no ônibus que para disfarçar o barulho dos gases que soltava rasgava um pedaço de jornal quando um cidadão perguntou se ela ia se limpar ali mesmo(que maldade). Bom agora é só imprimir e levar ao banheiro para conferir e despachar.
Wilson Silvério