O HOMEM E, A AMIZADE... CANINA!

Em tempos antanho, o Cachorro era considerado como o “Melhor amigo do Homem!” e, companhia ideal nas cidades e na zona rural! À afeição do Cão era, sempre, demonstrada no balançar do rabo e, trejeitos de agrados, para o seu dono ou, para os amigos Dele. Eles eram alimentados pelas mãos do proprietário, sem lhes morder os dedos, ficando, com as patas trazeiras no piso e, as dianteiras, como se fossem mãos, com acenos constantes.

Na amizade canina com os Homens, se esquivavam de demonstrarem más ações, canalhices e, de se juntarem à súcia ou, malta, sempre escorraçando, de perto, os outros cães estranhos.

A amizade em referência, com o passar inexorável dos anos, começou a elanquescer, se debilitando, por culpa, exclusiva e, total, do Ser Humano!

O Cão, sendo um Ser organizado que sente e, se move ao seu redor e, igual ao Homem por ser carnal, ao ser relegado, deixou de lado às suas emanações e, trejeitos de carinho, sentido na sua pele, o desprezo do seu dono, passando, então, a se esquivar Dele!

O Homem, na atualidade, vive na azáfama, se apressando em acumular bens materiais, sem se coadunar, condignamente, com seus familiares e dependentes e, muito menos, com o seu Cão!

A sua família, embora um pouco desdenhada, convive com Ele, a ajudá-lo a gastar o que adquire, mas, recebendo carinhos exíguos, bem como, também, se apressando em acumular bens materiais.

O Cachorro, apenas, sentindo o que move ao seu derredor, se recolhe ao seu canto na residência, pois, os bens monetários e materiais, a não ser a comida lhe dada, não fazem parte do seu dia-a-dia vivencial! Em gemidos constantes a pedir os carinhos dos donos, aos poucos, vai se limitando a, só vigiar a moradia, sem receber o agradecimento dos donos.

O Carinho é uma expressão de Afeto, com afagos e carícias e, negada tal manifestação, quem perde mais é o Homem que, por isso, perde a reciprocidade e, pior! Transforma-se numa marionete na vida, não dando e, portanto, não... Recebendo!

Todos nós, Seres Humanos, temos que extrair dos nossos afazeres alguns momentos para nos cercar de amigos e, de quem, dependa da nossa aceitação e, atenção, pois, não o fazendo, seremos um simples cabide ambulante a sustentar as nossas roupas! Os momentos dispensados para a admiração mútua, não são desperdícios e, sim, acumulatórios da nossa... Felicidade!

Sebastião Antônio Baracho.

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