Leitor, o que você ler?
Leitor, o que você ler?
Tiago Caldeira
“Conceituar o feio e o bonito não é tarefa fácil”. Diante desta afirmação nos encontramos na teoria da relatividade. Quem ama o feio, bonito lhe aparenta. Definições desta forma nos cercam quando falamos de pessoas e objetos de boa aparência, etc.
Ainda que exista quem faça uma leitura mais detalhada, minuciosa, tentando resgatar fundamentos éticos, ou seja, fazendo uma reflexão mais profunda do ser humano. É aí que reside a beleza dos fenômenos- visto pela maioria com suas visões acríticas.
Nós estamos sempre procurando dar novos significados para aquilo que supostamente conhecemos. Se no ônibus estamos de cabeça baixa olhando para um livro ou revista, ouvindo um MP3, não é sinal de baixa estima e nem de covardia. Apenas sonhamos com o belo mesmo correndo atrás de conhecimentos céticos. Na rua quando vemos um casal unido, sendo soprado pelo vento e ao fundo um arbusto florido pela intensa primavera: pronto, já fazemos uma leitura encontramos ali uma inspiração para um texto, uma poesia, um conto, etc.
Nós leitores, seres essencialmente naturais fundidos com artigos artificiais quando a noite chega percebemos as luzes fazendo sombra sobre as outras realçando a arquitetura urbana, dando vida aos pensamentos fazendo com que expressamos aflição, angustia, (e porque ter medo da expressão de “dias melhores”). Em casa mesmo encoberto pelas conversas dos familiares encontramos um momento para estarmos junto com nosso amigo- caracterizado: de forma retangular, com face ilustrada e membros unidos por cola ou arame. Não significa que negligenciamos nossos pais e irmãos só queremos um momento de conversa intima com o livro.
E como ninguém é de ferro, nos finais de semana decidimos ir à praia ou ao shopping e flagramos as seduções das pessoas e objetos, e não desprezamos, muito menos, deixamos de olhar, pois, estamos sempre lendo os dois lados do relevo.
Tiago Caldeira da Silva