MAIS UM NATAL

De novo, o Natal.

Natal, ao correr dos anos, na costumeira rotina.

O repetitivo "Feliz Natal", no voto mecanicamente expresso. Ou, nas frases feitas, através dos cartões padronizados. Natal, com rou-

pagem ou caracterizações importadas, penalizando o Papai Noel ao

rigor do verão tropical. Natal, com a mesmice do procedimento, às

vezes, vazio, de dar e receber presentes, ou, as dádivas escancara -

das, para efeito da auto exaltação ou promoção social. Natal, com

o ávido deleite gastronômico, frente às mesas fartas na quantidade e variedade das iguarias. Natal, exaltado na comoção ou piedade passageira, porém, ausente no ano inteiro. Natal, no ligeiro des -

pertar para o apêlo, chamado boa vontade, mas, constantemente esquecida.

Salvando exceções, esse não é o natal, valendo a mensagem, o espírito, a verdadeira significação da presença, entre os homens,

do Cristo. Cristo que nasce ou renasce ao final de cada ano.

É imperativo que aconteça um Natal diferente. Ao final do ano, que as pessoas tomem um tempo e uma parada no caminho. Aí, na conscientização de uma auto-análise, encham a alma e botem essa alma pra fóra. Então, na cristã oferta de uma intensa boa vontade, há de se comemorar o verdadeiro Natal.

Edson Freire
Enviado por Edson Freire em 16/12/2008
Reeditado em 30/11/2012
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