MAIS UM NATAL
De novo, o Natal.
Natal, ao correr dos anos, na costumeira rotina.
O repetitivo "Feliz Natal", no voto mecanicamente expresso. Ou, nas frases feitas, através dos cartões padronizados. Natal, com rou-
pagem ou caracterizações importadas, penalizando o Papai Noel ao
rigor do verão tropical. Natal, com a mesmice do procedimento, às
vezes, vazio, de dar e receber presentes, ou, as dádivas escancara -
das, para efeito da auto exaltação ou promoção social. Natal, com
o ávido deleite gastronômico, frente às mesas fartas na quantidade e variedade das iguarias. Natal, exaltado na comoção ou piedade passageira, porém, ausente no ano inteiro. Natal, no ligeiro des -
pertar para o apêlo, chamado boa vontade, mas, constantemente esquecida.
Salvando exceções, esse não é o natal, valendo a mensagem, o espírito, a verdadeira significação da presença, entre os homens,
do Cristo. Cristo que nasce ou renasce ao final de cada ano.
É imperativo que aconteça um Natal diferente. Ao final do ano, que as pessoas tomem um tempo e uma parada no caminho. Aí, na conscientização de uma auto-análise, encham a alma e botem essa alma pra fóra. Então, na cristã oferta de uma intensa boa vontade, há de se comemorar o verdadeiro Natal.