A GEOGRAFIA DA VIDA

Quando somos arrancados da rotina, seja através da experiência única de uma viagem ou dos imperativos de uma doença grave, nosso cotidiano torna-se de repente tão irreal e fugidio quanto a lembrança de um sonho banal.

Ocorre, assim, uma espécie de desencontro de nós mesmos no aprendizado da individualidade dos lugares que nos envolvem oferecendo novidades e desafios. Nestas circunstâncias tudo parece maior do que realmente é, percebemos o quanto os espaços físicos e atos corriqueiros na verdade configuram referências ontológicas que também nos definem como indivíduos, seja pela recusa ou pela aceitação.