Ah, Bentinho!
Ah, Bentinho! Meu querido e doce menino que se deixou transformar em Dom Casmurro.
Vi-lhe de roupa nova. Cores fortes. Paisagens atuais e ousada trilha sonora. Gostei da roupagem teatral. Adorei ouvi-lo entre o pop e o samba.
Para muitos, uma estranha releitura. Para mim, uma nova oportunidade de revê-lo e torcer pelo impossível.
Pois é, meu caro, eu não consigo deixar de torcer para que você veja Capitu com outros olhos e sempre sofro ao final.
Bento , a menina que cresceu com você não lhe foi infiel. Tudo de mal que você viu nela nasceu de sua imaginação e no falso conceito que se tem das mulheres sensuais.
Sério, ainda se tem esse preconceito. Em pleno século XXI, mulher virtuosa não pode ter olhos sedutores na concepção de algumas pessoas, imagine na época na qual você foi criado.
Por isso sinto ternura por você. Ternura e piedade. Mais ainda sinto pelo desterro ao qual você lançou Capitu e seu filho Ezequiel.
Pelo tratamento que destes a este, você não tem o meu perdão. Qual a culpa daquela criança, Bentinho? Pelo amor de Deus!
E por falar em amor vou dar mais um palpite: você não amava Capitu, não amava Escobar, não amava seu filho. Você amava o que via de você neles. Amava o aplauso, o reconhecimento e a admiração. Você, não conseguiu ir além de você e portanto não aproveitou o amor de verdade.
Dito isto, continuo aplaudindo a bela obra, talvez a mais querida por mim, pois a marca de Machado de Assis se sobressai sempre apesar de toda parafernália moderna.
Aproveito e deixo meus parabéns para Michel Melamed, o ator que acabei de conhecer, e que narrou todo o drama como se fosse você, Dom Casmurro, a falar.
Mesmo pensando diferente eu amo vocês e voltarei outras vezes para melhor os conhecer. Até mais, Bentinho!
Imagens: as atrizes Letícia Persiles e Maria Fernanda Candido, as Capitus da micro-série da Rede Globo.
Ah, Bentinho! Meu querido e doce menino que se deixou transformar em Dom Casmurro.
Vi-lhe de roupa nova. Cores fortes. Paisagens atuais e ousada trilha sonora. Gostei da roupagem teatral. Adorei ouvi-lo entre o pop e o samba.
Para muitos, uma estranha releitura. Para mim, uma nova oportunidade de revê-lo e torcer pelo impossível.
Pois é, meu caro, eu não consigo deixar de torcer para que você veja Capitu com outros olhos e sempre sofro ao final.
Bento , a menina que cresceu com você não lhe foi infiel. Tudo de mal que você viu nela nasceu de sua imaginação e no falso conceito que se tem das mulheres sensuais.
Sério, ainda se tem esse preconceito. Em pleno século XXI, mulher virtuosa não pode ter olhos sedutores na concepção de algumas pessoas, imagine na época na qual você foi criado.
Por isso sinto ternura por você. Ternura e piedade. Mais ainda sinto pelo desterro ao qual você lançou Capitu e seu filho Ezequiel.
Pelo tratamento que destes a este, você não tem o meu perdão. Qual a culpa daquela criança, Bentinho? Pelo amor de Deus!
E por falar em amor vou dar mais um palpite: você não amava Capitu, não amava Escobar, não amava seu filho. Você amava o que via de você neles. Amava o aplauso, o reconhecimento e a admiração. Você, não conseguiu ir além de você e portanto não aproveitou o amor de verdade.
Dito isto, continuo aplaudindo a bela obra, talvez a mais querida por mim, pois a marca de Machado de Assis se sobressai sempre apesar de toda parafernália moderna.
Aproveito e deixo meus parabéns para Michel Melamed, o ator que acabei de conhecer, e que narrou todo o drama como se fosse você, Dom Casmurro, a falar.
Mesmo pensando diferente eu amo vocês e voltarei outras vezes para melhor os conhecer. Até mais, Bentinho!
Imagens: as atrizes Letícia Persiles e Maria Fernanda Candido, as Capitus da micro-série da Rede Globo.