Vamos nos pintar de alguma forma
Sempre fui um apaixonado por filmes que contam façanhas da Segunda Grande Guerra. Ver o imponente exército alemão marchar por entre campos e vales, mostrando toda sua maestria, é algo que fascinava. Claro que a mesma intrépida matilha, deixou muitas marcas de sua crueldade, mas mostrou o que de mesmo remisso e antigo os exércitos romanos criaram junto aos campos de batalha, organização. Partindo da terra e mergulhando junto aos mares bálticos, quero relembrar aqui, o mesmo que sinto neste momento, junto a minha sacada do escritório, observando o fronte, sentimento este, vislumbrado pelos marujos na torre de inúmeros submarinos na caça de seus objetivos marítimos. Aqui, o que perfaço, é um mar de paralelos, aos quais muitos impossibilitados de serem observados, devido aos pés de transeuntes, que numa tarde de inicio de verão, enchem as naus terrenas desta agora CEP, com nome de rua. E é a partir deste vernáculo, que algo me chama muito a atenção, de homens a mulheres, dentre estes, loiras e loiros a morenos e representantes dos ruivos, com o brilhar do clarear de um entardecer de sol, manchas são vistas em diversas partes do corpo humano, deste seres de uma geração transformada. Não são apenas manchas ou pinturas, pois tem o detalhe de um artista, e não cito aqui o Criador, que por obra do destino pinta com manchas redondas a esticadas, às vezes marrons, outras mais escuras e peludas, falo de peixes vivificados, mas ilesos em braços fortalecidos por supinos de academias, dentre as muitas borboletas, quase não percebidas em pés delicados do sexo frágil, que deste adjetivo mesmo, só um passado remoto, que hoje, não mais existe. Ainda posso ver como uma manga de camisa, algo tonificado e escuro, como pinturas de guerreiros de tribos indo pra guerra, enfim, é um pitoresco de novidade e ousadia, e destes que aqui citei, ainda acredito, que muito se fez e marcou em partes intimas, que só é mostrado com a entrega de um momento, onde poucos têm acesso. Enfim, a cada século que avançamos, a cada livro que nos instrui, o ser humano volta as suas origens passadas e remotas. Como os índios em dias de batalhas, passando pelos Incas e Maias, com suas cores desenhadas por traços Astecas, todos buscam algo para se fazer vislumbrar, ou até mesmo se fazer diferente. Não sei onde enquadrar, mas, o ser humano avança nos séculos, mas sempre saudosos dos seus ancestrais, e deixa isso evidenciado numa vontade talvez até de muitos, mas, encarada por poucos, e isso é o que faz a diferença, entre o intrépido e o pacato, o novo e o velho, e assim, de alguma forma, seja por dentro ou por fora, vamos nos pintar de alguma forma.
Junior – Um sonhador