Declaração Universal dos Direitos Humanos
Percebe-se facilmente a não-mundança no comportamento humano no decorrer dos últimos cinco mil anos, desde o advento da escrita. Povoam a literatura antiga casos como estes: Ló que comia as filhas, o forte desejo sexual de Laio que trocava a esposa pelo príncipe do reino vizinho, a bondade do camponês que salvou a vida de Édipo, a revolta de Antígona ante a opressão do rei, a pedofilia dos imperadores e do povo romano e outras cositas tipo a Torre de Babel.
Fala-se de uma sexagenária (ainda nos cueiros) Declaração Universal dos Direitos Humanos.
É muito nova para mostrar resultados. Ainda não poder ver o trabalho escravo, embora todos vejam;
Ainda não pode ver o veado que odeia veados e sai por aí exterminando-os;
Ainda não pode ver o médio comerciante que roupa o cliente o fisco;
Ainda não pode ver a malandragem da escola (sustentada pelo Estado) que enrola o jovem durante doze anos e então o libera analfabeto à vida;
De nenhuma destas coisas a Declaração Universal dos Direitos Humanos toma conhecimento. Crianças de três anos assassinadas com tiros na cabeça pelo poder público? Mera cena de desenho animado...