BRINCANDO DE DANTE ALIGHIERI

A professora de literatura Nívia Maria Vasconcellos afirma, que tudo o que criamos não passa de uma mera repetição de algo que já foi dito , escrito, realizado algures...

Dito isto, não vou aqui discutir em quais fundamentos Dante Alighieri construiu a sua narrativa da Divina Comédia, e se ele juntou a luta de seu país pela unificação que se inscreve na luta cósmica entre o bem e o mal. Eu só quero “brincar” um pouco de Dante, escrevendo versos criados de uma mera repetição de versos seus e extraídos do seu “Inferno”. Vejamos como me saio:

Não sei se com essa tua visão distorcida

o que enxergas é um lugarzinho

todo de pedra e da cor do ferro,

situado no inferno e de nome Malebolge.

Mas o que fazes tu neste lugar,

tu mesmo que escondes a cara

e baixas os olhos,

tuas feições não me enganam,

sei quem tu és

e sei por que és açoitado.

Não foste tu que persuadiste a bela

a fazer tua vontade,

qualquer que seja a vergonhosa história?

E por que choras agora?

Por que foste açoitado por um demônio?

Mas tu mereces

Não passas de um rufião

Na busca de mulheres para vender

Depois desta visão, eu que estou viva

Estou partindo

E tu que ficas

deixo-te sem mais te molestar

Contudo, por mim não serás

Recordado entre os vivos

Pois o teu nome

não mais será citado

Assim, feito Dante, realizei uma jornada pelo reino do Inferno além-túmulo, criei um personagem, descrevi seu sofrimento sem o acompanhamento nem a supervisão de Vírgilio, nem tampouco conotação com nenhum ser terreno, pura imaginação. Hahaha, tô fic ando boa nisso.

Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 10/12/2008
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