HISTÓRIAS DE JOÃOZINHO- IV
Invasão escolar
Joãozinho nunca imaginara que um dia fosse levar tamanho susto.
Naquele dia acordou mais cedo. Estava muito ansioso para voltar para a escola depois de um feriado prolongado, a chamada ponte.
Pegou sua mochila e saiu em disparada. No percurso, casa/escola, notou que alguma coisa estava diferente. Havia muitas pessoas indo e vindo em direção à escola.
_O que será que está acontecendo? Será algum daqueles protestos dos pais contra a violência nas escolas? Ou será por mais verbas? Bom, melhor conferir.
Ao aproximar deu de cara com um imenso cartaz feito em cartolina:
ESCOLA INTERDITADA POR TEMPO INDETERMINADO.
_ O que quer dizer isso? Não estou entendendo!
Joãozinho não queria acreditar no que seus olhos liam.
Mais adiante encontrou com a professora Matilde desesperada e muito confusa, pois também tinha sido pega de surpresa. Tentava acalmar os alunos que nada entendiam.
Joãozinho abraço-a completamente assustado:
_ Professora, o que está acontecendo em nossa escola?
_ Uma verdadeira desgraça filho!
Aproximou das grades do portão, atônito, chorou. Mulheres e crianças andavam de um lado para outro procurando melhor acomodação. Crianças comendo, mamando, carteiras espalhadas, mulheres lavando louças no bebedouro do pátio e outras estendendo roupas nas grades das janelas. Eram realmente inacreditáveis as cenas que o pobre Joãozinho assistia. Abraçou com força a sua professora, não conseguia entender de onde surgiu tanta gente e o porquê de estarem ali.
_ Professora, a senhora sabe por que estas pessoas saíram de suas casas e vieram acampar aqui em nossa escola?
_ Sabe João, essa é uma coisa muito complicada para um garoto de sua idade. Mas de uma coisa pode ter certeza! Estas pessoas são tão injustiçadas quanto nós!
_E o que é ser uma pessoa injustiçada professora?
_É quando trabalhamos e pagamos nossos impostos honestamente para termos direitos como; saúde, educação, moradia, segurança... Contudo, não é o que recebemos. Está aí um grande exemplo de injustiça. Eu e você aqui fora sem poder entrarmos e essa gente toda sem um teto para morar.
_ E quanto tempo ficarão por aqui?
_ Não sei. Provavelmente até que a polícia os expulse para outro local ou as autoridades tomem as devidas providências. Vamos pra casa.
Joãozinho voltou para casa muito desapontado. Nunca havia presenciado tamanha confusão. Não se conformava com o fato de ficar fora da escola sem expectativa de retorno para os próximos dias. D. Vera, mãe de Joãozinho, surpreendida com a volta mais cedo do filho, perguntou asperamente:
_ Você andou aprontando novamente na escola? O que foi dessa vez? Quando vai tomar jeito?
_Calma mamãe! Hoje não teve aula, aliás, não se sabe quando terá! Não tem nenhuma criança na escola. A professora falou que houve invasão escolar. Somos injustiçados!
_ Mas que confusão é esta menino? Não é invasão escolar, aluno fora da escola é evasão escolar! Vou procurar a professora Matilde para me explicar isso direitinho, você me deixou tontinha com esta conversa!
Invasão escolar
Joãozinho nunca imaginara que um dia fosse levar tamanho susto.
Naquele dia acordou mais cedo. Estava muito ansioso para voltar para a escola depois de um feriado prolongado, a chamada ponte.
Pegou sua mochila e saiu em disparada. No percurso, casa/escola, notou que alguma coisa estava diferente. Havia muitas pessoas indo e vindo em direção à escola.
_O que será que está acontecendo? Será algum daqueles protestos dos pais contra a violência nas escolas? Ou será por mais verbas? Bom, melhor conferir.
Ao aproximar deu de cara com um imenso cartaz feito em cartolina:
ESCOLA INTERDITADA POR TEMPO INDETERMINADO.
_ O que quer dizer isso? Não estou entendendo!
Joãozinho não queria acreditar no que seus olhos liam.
Mais adiante encontrou com a professora Matilde desesperada e muito confusa, pois também tinha sido pega de surpresa. Tentava acalmar os alunos que nada entendiam.
Joãozinho abraço-a completamente assustado:
_ Professora, o que está acontecendo em nossa escola?
_ Uma verdadeira desgraça filho!
Aproximou das grades do portão, atônito, chorou. Mulheres e crianças andavam de um lado para outro procurando melhor acomodação. Crianças comendo, mamando, carteiras espalhadas, mulheres lavando louças no bebedouro do pátio e outras estendendo roupas nas grades das janelas. Eram realmente inacreditáveis as cenas que o pobre Joãozinho assistia. Abraçou com força a sua professora, não conseguia entender de onde surgiu tanta gente e o porquê de estarem ali.
_ Professora, a senhora sabe por que estas pessoas saíram de suas casas e vieram acampar aqui em nossa escola?
_ Sabe João, essa é uma coisa muito complicada para um garoto de sua idade. Mas de uma coisa pode ter certeza! Estas pessoas são tão injustiçadas quanto nós!
_E o que é ser uma pessoa injustiçada professora?
_É quando trabalhamos e pagamos nossos impostos honestamente para termos direitos como; saúde, educação, moradia, segurança... Contudo, não é o que recebemos. Está aí um grande exemplo de injustiça. Eu e você aqui fora sem poder entrarmos e essa gente toda sem um teto para morar.
_ E quanto tempo ficarão por aqui?
_ Não sei. Provavelmente até que a polícia os expulse para outro local ou as autoridades tomem as devidas providências. Vamos pra casa.
Joãozinho voltou para casa muito desapontado. Nunca havia presenciado tamanha confusão. Não se conformava com o fato de ficar fora da escola sem expectativa de retorno para os próximos dias. D. Vera, mãe de Joãozinho, surpreendida com a volta mais cedo do filho, perguntou asperamente:
_ Você andou aprontando novamente na escola? O que foi dessa vez? Quando vai tomar jeito?
_Calma mamãe! Hoje não teve aula, aliás, não se sabe quando terá! Não tem nenhuma criança na escola. A professora falou que houve invasão escolar. Somos injustiçados!
_ Mas que confusão é esta menino? Não é invasão escolar, aluno fora da escola é evasão escolar! Vou procurar a professora Matilde para me explicar isso direitinho, você me deixou tontinha com esta conversa!