"MULHER SÉRIA"
Evaldo da Veiga
Ela era uma mulher séria, séria de verdade.
Cuidava dos filhos, do marido e ia para o consultório
três vezes por semana.
Era barra, porque também era ela quem fazia as compras da casa,
roupas e calçados dos filhos, administrava as tarefas do colégio
e aquelas aporrinhações de sempre para quem tem dois filhos
adolescentes e um pirralho com onze anos metido a homem.
O marido, gente boa, deixava tudo por conta dela, levava
fé no braço da esposa.
Aliás, falando em esposa, ela odiava esse termo que
o marido usava sempre ao se referir a ela com os amigos.
Um dia o marido foi longe demais, falando: - essa é a melhor dona
de casa do mundo, aqui nessa casa tudo funciona certinho...
Sempre ele levava os amigos par ver jogos de futebol
e ela assessorada pela empregada era quem mais trabalhava:
fazer salgadinhos, pegar cerveja na geladeira
( o marido só achava legal se ela quem levasse as cervejas na sala,
à empregada não).
Mas um dia o Alfredo, marido exemplar, fez uma coisa diferente:
levou um amigo interessante que olhava para ela com um jeitinho
sacana, gostoso... era um sem vergonha de carteirinha.
Sem que observassem ele falou: -
ah... se eu não fosse mal interpretado, te ajudaria na cozinha...
você é tão... depois eu digo o que você é, tá?
Ela acendeu. Animou-se toda e pela primeira vez gostou
de ser escrava do puto do marido.Vinha à sala dez vezes mais,
fez bolinho de bacalhau, uma porção de tira gosto e vinha na
sala sob os mais diversos pretextos. O marido, elogiou:
- minha esposa sempre eficiente e cada vez mais, vocês estão vendo?
Aprovação geral: - SIM. ELA É UMA DONA DE CASA PERFEITA!!!
Só não foi unânime a consagração, porque o Vadinho se limitou
em dar um sorrisinho maroto como quem diz:- eu te pego!
Você vai a forra desse futuro Corno, Princesa!
Ela acendeu mais ainda e já saia luz pelos poros.
Já se sentia denunciada e teve um rápido receio, mas lembrou que estava de saia e dificilmente alguém perceberia
que esta completamente molhadinha.
O Vadinho era um amorzão: sem tocar e ela já
estava subindo pelas paredes.
Sim, era ele o homem de sua vida!
Como a vida também conspira a favor dos que de fato merecem,
houve uma batida de carro lá fora e todos correram
para ver a desgraça.
Bem, nem todos, o Vadinho ficou e ela também.
Já estavam identificados, tudo lindo, entendimento pleno...
Saíram da área de visão externa e foram para cozinha.
Beijos, toques, muito toques, inclusive e principalmente ali...
Vadinho levantou com carinho a perna da Princesa que se apoiou
no botijão de gás, e foi enfiando... e ela pedia,
Vem mais
Vem Amor, vem tudo
Te amo,
VEM!!!
evaldodaveiga@yahoo.com.br
Evaldo da Veiga
Ela era uma mulher séria, séria de verdade.
Cuidava dos filhos, do marido e ia para o consultório
três vezes por semana.
Era barra, porque também era ela quem fazia as compras da casa,
roupas e calçados dos filhos, administrava as tarefas do colégio
e aquelas aporrinhações de sempre para quem tem dois filhos
adolescentes e um pirralho com onze anos metido a homem.
O marido, gente boa, deixava tudo por conta dela, levava
fé no braço da esposa.
Aliás, falando em esposa, ela odiava esse termo que
o marido usava sempre ao se referir a ela com os amigos.
Um dia o marido foi longe demais, falando: - essa é a melhor dona
de casa do mundo, aqui nessa casa tudo funciona certinho...
Sempre ele levava os amigos par ver jogos de futebol
e ela assessorada pela empregada era quem mais trabalhava:
fazer salgadinhos, pegar cerveja na geladeira
( o marido só achava legal se ela quem levasse as cervejas na sala,
à empregada não).
Mas um dia o Alfredo, marido exemplar, fez uma coisa diferente:
levou um amigo interessante que olhava para ela com um jeitinho
sacana, gostoso... era um sem vergonha de carteirinha.
Sem que observassem ele falou: -
ah... se eu não fosse mal interpretado, te ajudaria na cozinha...
você é tão... depois eu digo o que você é, tá?
Ela acendeu. Animou-se toda e pela primeira vez gostou
de ser escrava do puto do marido.Vinha à sala dez vezes mais,
fez bolinho de bacalhau, uma porção de tira gosto e vinha na
sala sob os mais diversos pretextos. O marido, elogiou:
- minha esposa sempre eficiente e cada vez mais, vocês estão vendo?
Aprovação geral: - SIM. ELA É UMA DONA DE CASA PERFEITA!!!
Só não foi unânime a consagração, porque o Vadinho se limitou
em dar um sorrisinho maroto como quem diz:- eu te pego!
Você vai a forra desse futuro Corno, Princesa!
Ela acendeu mais ainda e já saia luz pelos poros.
Já se sentia denunciada e teve um rápido receio, mas lembrou que estava de saia e dificilmente alguém perceberia
que esta completamente molhadinha.
O Vadinho era um amorzão: sem tocar e ela já
estava subindo pelas paredes.
Sim, era ele o homem de sua vida!
Como a vida também conspira a favor dos que de fato merecem,
houve uma batida de carro lá fora e todos correram
para ver a desgraça.
Bem, nem todos, o Vadinho ficou e ela também.
Já estavam identificados, tudo lindo, entendimento pleno...
Saíram da área de visão externa e foram para cozinha.
Beijos, toques, muito toques, inclusive e principalmente ali...
Vadinho levantou com carinho a perna da Princesa que se apoiou
no botijão de gás, e foi enfiando... e ela pedia,
Vem mais
Vem Amor, vem tudo
Te amo,
VEM!!!
evaldodaveiga@yahoo.com.br