E por falar em amor...
Bem, lá estava eu, assentada no escuro, esperando o espetáculo começar.
Enquanto isso muita gente estava assentada em seus sofás sem arredar os olhos da televisão para ver mais um capítulo de A Favorita.
Dois lugares vagos, um a minha direita e um a minha esquerda e eu pensei o quanto seria bom se dois de meus amigos virtuais estivessem aqui ao meu lado. O amigo que escreve sobre filmes e o amigo que escreve sobre música. Sei que escreveriam sobre o assunto de uma forma que eu nunca vou poder escrever.
Cinema. O espetáculo apresentado pela Cia. De Dança Conquista, em sua quinta versão. Direção e Coreografia da professora Michelle Barreto, voluntária e uma das criadoras da Associação Conquista para Pessoas com Deficiências.
Pensilvânia,verão de 1972. O filme é Meu primeiro amor (My Girl). Uma história de amor adolescente entre Vada e Thomás, uma órfã de mãe incompreendida pelo pai e um garoto impopular. No Palco estreito do Ginásio da Selt, Dulcinéia, portadora de esclerose múltipla e Dudu Melo, deficiente visual dançam. Na platéia uma lágrima de emoção sai furtivamente de meus olhos e vai se juntar a outras lágrimas que no correr da noite sairão escondidas ou desavergonhadamente de dezenas de olhos.
Martin Scorcese dirigiu em 1977 o musical que se tornou ícone: New York, New York. Pelo mundo afora todos repetem as magníficas coreografias do filme. Mas duvido que alguma tenha passado tanta emoção para a platéia quanto a coreografia executada por Luciano, Leandro, Rosana e Marcus Vinicius. Não resisti: aplaudi de pé e aos gritos. Impossível resistir ao charme de Leandro. Para mim foi a grande revelação da noite. Marcos, que trabalha com malabares e imita Elvis Presley, impecável. O esforço para executar os movimentos por Luciano e Rosana foram tocantes. Sindrome de Down. Estágios diferenciados.
De Greese, um musical passado na década de 50 com Jonh Travolta e Olívia Newton-Jonh foi o tema seguinte desenvolvido por Michele com seis balarinos.Precedeu o tema de Uma linda mulher – novamente o quarteto que se apresentou com New York, New York.
No quinto número a escolha também foi uma homenagem: Ray, o magnífico filme que conta a vida de um homem que conseguiu com sua garra e talento, vencer no mundo altamente competitivo do show business:Ray Charles, deficiente visual.
Finalmente um Romeu diferente: para dançar o tema do filme Romeu e Julieta, o escolhido foi um cadeirante: Francisco. Julieta foi representada por Edilamar.
E o número final dessa primeira parte do espetáculo, novamente com Dudu e Dulcenéia , foi o tema de o Titanic.
O espetáculo teve continuidade pois praticamente todos os membros da associação tiveram a sua participação, inclusive dançando o forró uns com os outros em verdadeiro baile.
E a finalização foi com uma dança circular da qual fui convidada a participar e o fiz com honra e alegria. O refrão da música – Eu sou feliz. Para quem como eu acredita que a vida é feita de momentos felizes, este foi um deles.
Falar sobre a Associação Conquista não cabe em uma única crônica. Já escrevi sobre eles aqui no Recanto ( Os diferentes) mas foi pouco. Falar de arte e cultura também não é importante. O que realmente importa na existência desta Associação é falar de Conquista, de esforço, solidariedade, amor. São deficientes de todos os tipos: visuais, auditivos, mentais, cadeirantes. Todos os tipos de seqüelas estão ali representadas. Mas também estão ali representadas todos os tipos de virtudes e muitas formas de amor.
Bem, lá estava eu, assentada no escuro, esperando o espetáculo começar.
Enquanto isso muita gente estava assentada em seus sofás sem arredar os olhos da televisão para ver mais um capítulo de A Favorita.
Dois lugares vagos, um a minha direita e um a minha esquerda e eu pensei o quanto seria bom se dois de meus amigos virtuais estivessem aqui ao meu lado. O amigo que escreve sobre filmes e o amigo que escreve sobre música. Sei que escreveriam sobre o assunto de uma forma que eu nunca vou poder escrever.
Cinema. O espetáculo apresentado pela Cia. De Dança Conquista, em sua quinta versão. Direção e Coreografia da professora Michelle Barreto, voluntária e uma das criadoras da Associação Conquista para Pessoas com Deficiências.
Pensilvânia,verão de 1972. O filme é Meu primeiro amor (My Girl). Uma história de amor adolescente entre Vada e Thomás, uma órfã de mãe incompreendida pelo pai e um garoto impopular. No Palco estreito do Ginásio da Selt, Dulcinéia, portadora de esclerose múltipla e Dudu Melo, deficiente visual dançam. Na platéia uma lágrima de emoção sai furtivamente de meus olhos e vai se juntar a outras lágrimas que no correr da noite sairão escondidas ou desavergonhadamente de dezenas de olhos.
Martin Scorcese dirigiu em 1977 o musical que se tornou ícone: New York, New York. Pelo mundo afora todos repetem as magníficas coreografias do filme. Mas duvido que alguma tenha passado tanta emoção para a platéia quanto a coreografia executada por Luciano, Leandro, Rosana e Marcus Vinicius. Não resisti: aplaudi de pé e aos gritos. Impossível resistir ao charme de Leandro. Para mim foi a grande revelação da noite. Marcos, que trabalha com malabares e imita Elvis Presley, impecável. O esforço para executar os movimentos por Luciano e Rosana foram tocantes. Sindrome de Down. Estágios diferenciados.
De Greese, um musical passado na década de 50 com Jonh Travolta e Olívia Newton-Jonh foi o tema seguinte desenvolvido por Michele com seis balarinos.Precedeu o tema de Uma linda mulher – novamente o quarteto que se apresentou com New York, New York.
No quinto número a escolha também foi uma homenagem: Ray, o magnífico filme que conta a vida de um homem que conseguiu com sua garra e talento, vencer no mundo altamente competitivo do show business:Ray Charles, deficiente visual.
Finalmente um Romeu diferente: para dançar o tema do filme Romeu e Julieta, o escolhido foi um cadeirante: Francisco. Julieta foi representada por Edilamar.
E o número final dessa primeira parte do espetáculo, novamente com Dudu e Dulcenéia , foi o tema de o Titanic.
O espetáculo teve continuidade pois praticamente todos os membros da associação tiveram a sua participação, inclusive dançando o forró uns com os outros em verdadeiro baile.
E a finalização foi com uma dança circular da qual fui convidada a participar e o fiz com honra e alegria. O refrão da música – Eu sou feliz. Para quem como eu acredita que a vida é feita de momentos felizes, este foi um deles.
Falar sobre a Associação Conquista não cabe em uma única crônica. Já escrevi sobre eles aqui no Recanto ( Os diferentes) mas foi pouco. Falar de arte e cultura também não é importante. O que realmente importa na existência desta Associação é falar de Conquista, de esforço, solidariedade, amor. São deficientes de todos os tipos: visuais, auditivos, mentais, cadeirantes. Todos os tipos de seqüelas estão ali representadas. Mas também estão ali representadas todos os tipos de virtudes e muitas formas de amor.